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CIDADE & REGIÃO

01/05/2007

1º DE MAIO NÃO É DIA DE FESTA! É DIA DE LUTA!

Detalhes Notícia

O Consa, na crônica publicada no 29 pelo nosso Diário de Penápolis, deixou claro a verdadeira origem do dia “Dia Internacional dos Trabalhadores”, e não “Dia do Trabalho” como os empresários e dirigentes políticos desinformados ou ideologicamente alienados insistem denominar. Neste dia, em 1886, a Federação dos Grêmios e Sindicatos Operários dos EUA organizou uma greve geral pela redução da jornada de trabalho para 8 horas. Particularmente em Chicago, região com alto índice de industrialização e com elevado número de operários, a greve foi durante reprimida por policiais, com vários mortos, feridos e a prisão de oito líderes. A justiça – a serviço dos capitalistas – condenou cinco à morte e três à prisão perpétua. 

Nos anos 70 e 80 os militantes de esquerda, dirigentes sindicais, faziam grandes manifestações na Praça da Sé, protestando e cobrando os direitos dos trabalhadores e aposentados, principalmente um salário mínimo digno. De uns anos para cá a CUT e a “Farsa Sindical” comemoram com shows, festas e até distribuição de prêmios a quem participar. A Conlutas-Coordenação Nacional de Lutas, hoje central sindical, continua mobilizando e levando trabalhadores à Praça da Sé para denunciar e protestar. Em todo Brasil os atos públicos com o mesmo caráter se repete. Comemorar o que, cara pálida?

Enquanto o Consa, ex-vereador do PT em Araçatuba na época que esse partido era de esquerda e defendia os trabalhadores, nos conscientizava, seus companheiros hoje “no poder” em Penápolis, comemoram o “Dia do Trabalho” com muita festa, banda musical e forró no Jardim Eldorado. Até parece que a classe trabalhadora, principalmente os aposentados, tem o que comemorar no “Dia Internacional dos Trabalhadores”. O governo Lula, que tem como seus novos heróis os usineiros e aliados os banqueiros, decretou aumento de apenas 8,5% para o salário mínimo e 3,3% para os aposentados e pensionistas do INSS que ganham acima do salário mínimo. Em todo mundo os trabalhadores sofrem violentos ataques do capital. A guerra de ocupação no Iraque e a manutenção das tropas brasileiras no Haiti demonstram os planos imperialistas de dominação e exploração sobre os povos.

Todos os dias, na TV, no rádio e nos jornais, aparecem engravatados, inclusive o ex-presidente da CUT Luiz Marinho, hoje Ministro da Previdência, dizendo que é preciso acabar com o “suposto (e falso) rombo da previdência social”, utilizando-se de mentiras para tentar manipular a população. Querem estabelecer idade mínima de 65 anos para mulheres e homens se aposentar, e cortar benefícios. O objetivo é reduzir gastos da Previdência e utilizar o dinheiro para pagar juros aos agiotas e especuladores nacionais e internacionais, além de forçar os trabalhadores a comprar previdência privada dos bancos. Com a Receita Federal do Brasil, recém criada, o Ministério da Previdência Social não mais arrecadará contribuições em torno de R$ 140 bilhões, cujo recurso irá para o Ministério da Fazenda. O INSS será um mero pagador de benefícios e estará sujeito a repasses de recursos da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Enquanto meu amigo Genésio Buzembai se irrita vendo sua aposentadoria não reajustada com o mesmo índice do salário mínimo, os deputados federais votarão projeto aumentando seus salários de R$ 12.847,00 para R$ 16.512,09 (aumento de 28,5%), com reflexos nas demais verbas que recebem. Esse aumento poderá ser retroativo a 1º de fevereiro. Receberão, portanto, uma bolada. O aumento para os parlamentares federais gerara efeito cascata nos salários de deputados estaduais e vereadores. Esses falsos trabalhadores podem comemorar com muita festa o 1º de Maio. Com raras exceções como, por exemplo, o Ivan Valente, são todos farinhas do mesmo saco.  Por esta e pelas razões acima descritas, o 1º de Maio não pode ser comemorado com festas, mas com muito protesto e luta.

 

* Walter Miranda, Conselheiro do SINDIFISP-Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil do Estado de São Paulo, wm@sunrise.com.br

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