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CIDADE & REGIÃO

25/10/2016

108 anos: Penápolis, uma cidade vencedora

Imagem/Arte DIÁRIO
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João Luis dos Santos (*)

Inicialmente, necessário reconhecer que em Penápolis, como outra cidade de qualquer parte do mundo, temos os nossos problemas, nas nossas dificuldades, os nossos desafios. Aliás, os filósofos gregos já afirmavam que “os problemas, pequenos ou grandes, perseguem a humanidade”. Entretanto, a Terra de Maria Chica com sua aura de pioneirismo, desprendimento e senso comunitário, em diversas gerações de nossa história, torna nossa cidade ímpar, única. Saúde, esporte, urbanismo, cultura, memória, educação, saneamento ambiental, empreendedorismo, valores individuais ou valores coletivos, destaques pessoais ou comunitários que nos tornam, sem dúvida, uma cidade vencedora em diversas modalidades. Devemos e podemos nos orgulhar de Penápolis! Afinal, são 108 anos de lutas e conquistas, transformando a “Princesinha da Noroeste” em uma cidade pujante e progressista, nas palavras de Bento da Cruz. Nessa semana em que comemoramos os 108 anos do Patrimônio de Santa Cruz do Avanhandava, nome de batismo de nossa cidade, que se tornou Município de Penápolis oficialmente em 22 de dezembro de 1913, sempre é muito bom fazer alguns exercícios mentais históricos, buscando na memória coletiva algumas reflexões sobre o passado que possam servir para o presente e para o futuro. Convido você, prezado leitor, prezada leitora, para um exercício mental. Como é o nome de seu tataravô ou tataravó? Ou mesmo de seu bisavô ou bisavó, para quem tem mais de 40 anos de idade. De onde ele veio? Por que veio para Penápolis? Quais sonhos alimentaram sua partida de algum lugar (Itália, Portugal, Espanha, África, Japão, Líbano, Síria, Turquia, Nordeste brasileiro, Minas, Rio, Paraná, etc.)?  Você que não nasceu em Penápolis e veio para cá, o que te motivou e quais sonhos movimentaram seu corpo e sua mente para essas paragens? Os sonhos e os amores movimentam as pessoas. Cada pessoa, cada família de nossa cidade tem uma história para contar. Todos somos descendentes de pessoas que saíram de algum lugar do país ou do planeta e vieram para a Noroeste do Estado e aportaram a essa margem do Rio Tietê. Alguns vieram no século XIX, outros no início do século XX e há gente chegando por aqui nesse ano de  2016. Gente que chegou montada em cavalos e burros, outros vieram a pé, alguns de caminhão pau de arara, outros chegaram no conforto do trem ou de ônibus. Chegaram aqui com muitos sonhos. Será que conseguiram realizar tais sonhos? Você reconhece e sabe quais eram os sonhos de seus avós? Imagine, caro leitor, uma legião de insatisfeitos em diversas partes do mundo e do Brasil. Pessoas perseguidas, pessoas vivendo em lugares de guerra ou de seca, pessoas com pouco perspectivas, pessoas descontentes, pessoas com muitos sonhos e o local de origem era pequeno para esses sonhos. São essas pessoas que moldaram as cidades em todo o mundo. Pessoas assim que fizeram destes campos, a cidade de Penápolis. Alguns realizaram seus sonhos, outros morreram sem realizá-los. Muitas pessoas foram e voltaram, outras foram e não voltam mais. Muita gente aqui ficou e daqui jamais vão sair. Eis, todos nós, penapolenses, forjados na mesma carcaça de sonhos e sofrimentos. Hoje vivemos em uma comunidade com diversidade social, cultural, econômica e intelectual. Muitos fatores nos unem, outros nos separam. Muitos realizaram seus sonhos e vivem em sua autonomia familiar e financeira. Outros ainda buscam “seu lugar ao sol”, sobrevivem diariamente na labuta por dias melhores. Alguns desistiram, outros persistem. Muitos conquistaram mais do que achavam que poderiam alcançar. Sempre existirão aqueles que se contentam com o que o “destino reservou” e afirmam “deixa a vida me levar, vida leva eu”. Uma comunidade diversa, com penapolense s felizes e penapolenses que lutam pela felicidade. Os nossos antepassados nos deixaram lições de luta, de coragem, de solidariedade, de humildade e de paixões. Hoje, com mais recursos tecnológicos, recursos na área da medicina, com equipamentos e veículos que facilitam as nossas vidas, com mais informações e melhores conhecimentos, com maior acesso à educação e à cultura, estamos perdendo de longe dos nossos antepassados. Eles fizeram bem a parte deles e nos entregaram uma comunidade, com suas virtudes, sua história e seus problemas. O bastão desta corrida está nas mãos das atuais gerações. Se tivermos a cidade dos nossos sonhos, devemos desfrutá-la e se não é ainda a cidade dos nossos sonhos, devemos transformá-la. Precisamos mirar nos exemplos dos pioneiros penapolenses, gente de muita garra, de muita fé e apaixonados por nossa terra. A cidade que recebemos dos nossos antepassados nos permite avançar mais e mais. Nós podemos mais. Eu posso, você pode, ele pode, nós podemos mais, juntos, cada penapolense fazendo bem a sua parte teremos uma cidade mais solidária e mais justa. Viver e transformar Penápolis, o melhor presente nesses 108 anos de fundação.
 
(*) João Luis dos Santos é Professor, Advogado, Supervisor de Ensino e Escritor. Foi Vereador (2001 a 2004) e Prefeito de Penápolis (2005 a 2012)

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