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CIDADE & REGIÃO

06/05/2012

‘Queijos clandestinos’ podem transmitir doenças graves

Rafael Machi
Detalhes Notícia
O queijo artesanal, desde o manuseio do leite, deve ser produzido por pessoas capacitadas e com todos os itens que garantem a higiene do produto

DA REPORTAGEM

É comum as pessoas terem em suas geladeiras o tradicional queijo fresco, ou queijo de minas, produzido artesanalmente. Este alimento que é considerado leve e saudável é consumido por muitos brasileiros. Mas é preciso estar atento com a procedência do produto, existem muitos clandestinos, que podem causar diversas doenças. Para a vigilância sanitária, o queijo clandestino é aquele vendido, normalmente por ambulantes, sem origem conhecida, que não possui embalagem com informações sobre o fabricante e sobre o alimento, e não possui registro nos órgãos competentes. Segundo o médico veterinário e chefe do Serviço de Inspeção Municipal da Vigilância Sanitária de Penápolis, Wiltom José de Oliveira, a cidade possui muitos casos de venda do produto considerado irregular. "O queijo clandestino não oferece segurança, é confeccionado de forma irregular, pois não atende as exigências da vigilância, podendo levar diversas bactérias para a pessoa que o consome", comentou. O problema também está no leite utilizado na produção do queijo, que mesmo tendo boa aparência pode conter bactérias como a salmonela, brucela e o próprio agente da tuberculose, levando doenças para o ser humano. Segundo Wiltom, para que a produção de queijo possa ser considerada regular, o produtor precisa, ter sua marca registrada, estar em um ambiente adequado que atenda as exigências da vigilância. "É necessário também que haja um responsável técnico. Quando o queijo é vendido com a devida embalagem é por que ele tem procedência confiável e a pessoa pode consumi-lo sem riscos", ressaltou. Devido à produção e venda irregular de queijo fresco, a Vigilância Sanitária de Penápolis estará intensificando a fiscalização com o objetivo de apreender os produtos que não possuam registro. "A pessoa que for flagrada vendendo queijo irregular poderá sofrer as devidas consequências conforme a lei", disse. Wiltom informou que em Penápolis existe apenas um produtor artesanal que possui o devido registro e que atende as normas da vigilância, os demais comercializados são considerados clandestinos. "Mas a pessoa que tem interesse em se regularizar pode nos procurar na prefeitura que daremos as devidas orientações para que obtenha o registro, podendo assim vender livremente e conquistar mais clientes por conta da confiança na qualidade do que está sendo comercializado. comentou.

Produção regularizada

A reportagem do DIÁRIO foi conhecer o único produtor artesanal de queijos regularizado na cidade. A ‘Art Queijos’ que existe à cerca de três anos, de propriedade da empresária Regiane Viana Barranqueiro Chamarelli, que cuida da produção junto com seu marido, José Henrique Chamarelli. Henrique – como é mais conhecido – revela que trabalhou na produção de queijos clandestinamente por cerca de dois anos. Segundo ele, sua produção teve grande crescimento na procura do produto. "A partir daí fui pesquisar mais sobre queijos e descobri os riscos de uma produção clandestina, razão pela qual resolvi procurar a Vigilância Sanitária para me regularizar e poder aumentar minha produção", explicou. Ele recebeu toda orientação para se adequar e ter o registro de sua marca. "O espaço não é grande, mas está dentro do que é exigido e posso trabalhar tranquilamente, oferecendo para meus clientes um produto artesanal de qualidade reconhecida", disse. Todos os seus produtos, como o queijo fresco, mussarela, nozinho e outros, são vendidos para estabelecimentos comerciais da cidade que os revendem para os clientes. Hoje Henrique emprega dois funcionários e diz que pretende aumentar a produção. "Meus objetivos agora são melhorar a estrutura física, conseguir o registro estadual para que eu possa vender para todo o estado, e futuramente para todo o país", revelou. Ele informou que está sempre fazendo cursos para aprimorar sua produção e disse ficar preocupado com os produtores clandestinos. "Quando você conhece os riscos de levar uma doença para alguém através dos queijos, cria-se consciência da necessidade de ter a orientação da vigilância para produzir um produto de qualidade. É muito importante que a pessoa faça tudo de forma correta e de acordo com as normas da saúde, levando um produto de procedência confiável para os clientes", finalizou.  (Rafael Machi)

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