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CIDADE & REGIÃO

20/02/2014

“Ninguém esperava uma atitude desta”, diz família de penapolense sobre queda do menino e do pai de prédio

Reprodução
Detalhes Notícia
A penapolense Célia com o filho Ivan Pesquero, que morreu ao cair de um prédio com o pai em Osasco

DA REPORTAGEM

 

Foi enterrado na manhã de ontem em Jandira, na Grande São Paulo, o corpo de Ivan Pesquero de Mattos, de 6 anos. Ele foi encontrado morto após cair do 13º andar com o pai, Edemir de Mattos, de 52 anos, de um prédio em Osasco, também na Grande São Paulo, na noite desta segunda-feira (17). Ivan é filho da penapolense Célia Regina Pesquero, de 49 anos, que foi agredida pelo marido antes de se jogar do prédio com o filho. O caso abalou o Brasil e chamou a atenção até mesmo da mídia internacional. A penapolense foi socorrida por vizinhos com o rosto bastante ensanguentado. Em contato com familiares de Célia, que estão em Penápolis, uma prima informou que a família está bastante abalada com o fato e que ninguém esperava uma atitude como esta do marido de Célia. Segundo noticiado pelo portal de notícias G1.com, testemunhas relataram no plantão do 5º Distrito Policial que por volta das 22h00 de segunda, ouviram uma discussão entre o casal no apartamento. A criança chorava no colo do pai, os dois estavam sentados no parapeito da sacada do 13º andar e a tela de proteção estava cortada. Edemir usou uma faca para fazer isso. Segundo os vizinhos, ela gritava e pedia para Edemir não pular com o filho. Moradores tentaram entrar no apartamento, mas a porta estava trancada. Quando a Polícia Militar que foi acionada chegou ao local, Edemir já havia se jogado do prédio com o filho. Depois da queda dos dois, a mulher abriu a porta para os vizinhos, que a encontraram com o rosto sangrando. Também havia sangue no apartamento. Quando desceu no hall, ela perguntou se o filho e marido estavam mortos. Para não deixá-la mais nervosa, eles disseram que não. Segundo a família, Edemir teria pegado o filho na cama, quando ele já estava dormindo. Disseram também que Célia contou que após ter sido agredida perdeu os sentidos por alguns instantes e que quando recobrou a consciência, chegou a ir ao parapeito onde o marido e filho estava, olhou para o chão, e viu os dois caídos. A prima de Célia, com quem a reportagem do DIÁRIO conversou, confirmou a informação de que ao questionar sobre o filho, vizinhos informaram a ela que ele estava vivo, mas ao dar entrada no hospital, os familiares revelaram que o marido e o filho estavam mortos.

 

Agressões

Segundo publicado no G1.com, vizinhos teriam relatado, que esta seria a primeira briga que viram entre o casal. Consta ainda que Célia revelou aos policiais que sempre apanhava do marido, mas que nunca havia falado sobre o caso para ninguém. Segundo apurado pela reportagem, existe pelo menos dois Boletins de Ocorrências registrados em nome de Célia, ambos sobre agressões. Um dos casos seria uma agressão que ocasionou em uma fratura no braço. O caso teria sido registrado por ela numa Delegacia de Defesa da Mulher, mas foi arquivado porque ela não deu prosseguimento. A família de Célia revelou que não sabia dos casos de agressão e que o casal jamais aparentou alguma briga mais séria. A prima de Célia disse que seus familiares sabia do trauma vivido por Edemir com a ex-mulher, e que por isso sempre o apoiavam para que tudo fosse superado, e que a revelação das agressões também chocou a família, que, pela convivência com Edemir, não desconfiavam do que acontecia entre o casal. No dia do crime ele ficou brincando com o filho no térreo do prédio até às 20h00. Depois que os dois subiram ao apartamento, Célia preparava um lanche para Ivan, quando o marido, sem motivo aparente, passou a "ameaçar se matar e também o filho". Até o fechamento desta edição, a professora permanecia internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal Antônio Giglio. A família não quis comentar sobre o estado de saúde dela, mas a Prefeitura de Osasco informou, através de nota, que Célia "passa por avaliação médica e aguarda resultado de exames para o fechamento do diagnóstico". O corpo de Ivan foi enterrado na manhã desta quarta-feira (19) no cemitério Alpha Campus em Jandira, Grande São Paulo, e Edemir de Mattos, em Campinas. O condomínio onde fica o prédio amanheceu pichado com a frase "Que Deus conforte toda a família". O Boletim de Ocorrência foi registrado como violência doméstica, lesão corporal, homicídio e suicídio. Como o autor dos crimes morreu, o caso deverá ser arquivado. (Rafael Machi)

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