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CIDADE & REGIÃO

14/12/2006

Índios são capacitados como agente de saneamento

Foi concluído na última semana, o curso de capacitação dos índios do estado de São Paulo. A partir de agora, eles se tornaram Agentes Indígenas de Saneamento – AISAN – que tem como função ser um elo de ligação entre a comunidade indígena das aldeias e a Funasa (Fundação Nacional de Saúde). O objetivo da capacitação é desenvolver o trabalho de educação ambiental, reparos e manutenção da rede de saneamento das comunidades indígenas.

O curso foi realizado em Penápolis, por iniciativa da Funasa e contou com o apoio do Daep (Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis). Na ocasião, o diretor-presidente do Daep, Lourival Rodrigues dos Santos e a equipe de reportagem da TV Tem acompanharam os momentos finais do curso de capacitação indígena.

Índios das aldeias de Braúna, Avaí e do litoral norte e sul estiveram na cidade durante três semanas para a capacitação. Eles são representantes de várias etnias como guaranis e kaingangues, porém, o curso é ministrado sem distinção de etnia, sendo preciso ser bilíngüe, pois as explicações foram realizadas com a mesma linguagem (português) para todos os representantes dessas aldeias. E eles, por sua vez, terão que repassar o que aprenderam para a comunidade indígena a que pertencem. Para a realização desta etapa, a Funasa enviou para Penápolis os técnicos Dirceu Roberto Paes e Sandra Ferreira, responsáveis pela logística, e os instrutores José de Jesus Silva, Renato de Jesus Silva e Graça Kaminski.

 

Capacitação

As informações sobre água, esgoto e resíduos sólidos (lixo orgânico e inorgânico) e as doenças transmitidas pela falta de saneamento, estão sendo passadas por técnicos da própria Fundação Nacional de Saúde, que foram capacitados para transmitir com clareza e da forma correta tudo sobre saneamento ambiental aos índios. O índio tereno, Leandro Sebastião, que pertence a aldeia Kopendty, disse que o curso foi muito bom, pois ele aprendeu como deve ser feito o tratamento da água, o esgoto e a coleta de lixo. “Eu adquiri mais conhecimento e isso vai ser muito bom para a saúde da minha comunidade”, afirmou. Durante o curso, os índios estão aprendendo o que fazer para combater doenças que estão cada vez mais presentes em suas vidas, como diabetes, hipertensão e câncer, além de doenças hídricas como a diarréia, entre outras. É o que comenta o índio guarani, Lídio Benites, da aldeia Uruity: “O curso foi muito bom, pois aprendi que com o tratamento da água podemos evitar muitas doenças como verme, hepatite A, barriga d’água, cólera e diarréia, que acontece com mais freqüência na aldeia. Vou poder ajudar a minha comunidade a combater essas doenças”, explicou. Uma das exigências da Funasa foi a elaboração de um “Álbum Seriado”, onde cada agente realizou desenhos que mostram, do seu próprio ponto de vista indígena e para sua respectiva comunidade o que fazer para melhoria do saneamento em suas aldeias.

 

Aproveitamento

O instrutor do curso, Fábio Ricardo dos Santos, contou que é a primeira vez que acontece um curso desse na região, voltado para os indígenas. “O aproveitamento deles foi muito bom. A próxima fase será a dispersão, em que um instrutor vai até a aldeia por uma semana, acompanhar a prática junto à comunidade e auxiliar os agentes no que for preciso nessa fase inicial de implantação”, esclarece. Segundo informou o responsável pela parte pedagógica e pela dinâmica de grupo, Dirceu Roberto Paes, a realização desta etapa em Penápolis não se deu por acaso. “A cidade foi escolhida pelo fato de poder contar com apoio da administração municipal, em especial pelo Departamento Autônomo de Água e Esgoto, com quem tivemos a chance de trabalhar lado a lado por diversas vezes” – observou. “O Daep nos acolheu muito bem, nos auxiliando sempre que precisamos. Além disso, conhecemos o sistema de saneamento ambiental da cidade e queremos mostrar o trabalho sério realizado pela autarquia” – completou Dirceu Paes. Secom – PMP

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