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CIDADE & REGIÃO

05/12/2010

‘Mercado negro’ de trabalhos acadêmicos, fraude que gera lucros e impunidade

Ivan Ambrósio
Detalhes Notícia
Fabiana garante que os professores estão atentos às fraudes, apesar da dificuldade para identificação

Fim de ano e os universitários têm de enfrentar uma maratona. São provas, fechamento de trabalhos e muitos que estão se formando tem que apresentar o temido TCC (Trabalho de Conclusão de Curso). Com isso, alguns acabam recorrendo à internet, que ao mesmo tempo em que se tornou uma ferramenta indispensável para o aluno em suas pesquisas escolares e acadêmicas, também se tornou o caminho mais fácil, e ilegal, para aqueles que, por falta de tempo, disposição ou competência, encomendam pela rede mundial de computadores monografias, TCC, teses e dissertações prontas. A ação de alguns universitários vem gerando comentários e opiniões de especialistas na área. Na última quinta-feira, 02, uma reportagem divulgada pelo Jornal Hoje da Rede Globo de Televisão mostrou que alguns universitários de São José do Rio Preto, cidade distante a 112 quilômetros de Penápolis chegam a pagar de R$ 200 e R$ 2 mil por esses trabalhos, valor que varia conforme o número de páginas, complexidade do tema e prazo para entrega. Na internet, endereços que oferecem este serviço não faltam. Alguns destes sites chegam a oferecer diversas formas de pagamento no cartão de crédito ou boleto bancário. Para a diretora pedagógica da Funepe (Fundação Educacional de Penápolis), Dra. Fabiana Ortiz Tanoue de Mello, é um absurdo a compra de trabalhos prontos por alguns universitários. “Essa atitude não justifica, pois o aluno tem um longo prazo para elaborar seu trabalho, contando com apoio de dois professores que orientam a formatação, seguindo as regras da ABNT e outro sobre o conteúdo”, comentou. Ela informou que os professores estão atentos as tentativas desse famoso “jeitinho brasileiro” acadêmico. “Não é difícil pesquisar trechos de obras entregues em mecanismos de pesquisas como o Google para se certificar se o trabalho apresentado é ou não original”, destacou. Nesta semana, alguns universitários da Funepe que terminam este ano seu respectivo curso apresentam seus trabalhos de conclusão de curso e monografias. A diretora pedagógica observa que durante o período em que o trabalho ou monografia é elaborado, os orientadores sempre estão atentos para ver se o aluno não está plagiando. “Com isso, conseguimos visualizar o nível do estudante. Se ele acaba ‘comprando’ seu trabalho, além de ser reprovado e ter que fazer novamente esta disciplina, nada do que aprendeu durante o curso será agregado na sua formação profissional e educacional”, destacou. Nenhuma ocorrência neste sentido foi registrada pela Funepe. Já os universitários que seguem o caminho correto, ou seja, produzem suas próprias monografias ou trabalhos de conclusão de curso tem mais benefícios. “É o momento do aluno, colocar em praticara tudo que aprendeu. Além do mais, dependendo do tema abordado, as empresas se interessam pelo trabalho, abrindo a oportunidade de emprego, bem como instituições, organizações e empresas solicitam uma cópia destes trabalhos que são apresentados, criando um laço muito importante”, finalizou Fabiana. Juristas afirmam que o aluno que compra uma monografia corre o risco de ser processado pelo Código Penal Brasileiro, em seu artigo 299, que prevê pena de até cinco anos de prisão para esse tipo de crime (falsidade ideológica). Em São José do Rio Preto, a Polícia abriu inquérito para investigar as vendas de monografia. (Ivan Ambrósio)

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