Óleo de fritura: Corpe está satisfeita com início de campanha

O início da coleta de óleo comestível de fritura para fim de reciclagem está sendo considerada satistatória pela Associação dos Recicladores de Penápolis.

Até a última quinta-feira, 27, aproximadamente 230 litros do produto haviam sido recolhidos. “A primeira vista este volume parece pequeno, mas se avaliarmos que um litro de óleo pode poluir até um milhão de litros de água, a quantia não deixa de ser considerável”, concluiu o servidor do Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis e um dos responsáveis pela realização do novo projeto, Alexandre Honório da Silva. Somente a quantia recolhida é suficiente para poluir cerca de 200 milhões de litros de água nos mananciais. “Além disso, ao ser despejado no ramal de esgoto da residência, é capaz de entupir a rede interna ao segurar os dejetos, proporcionando um gasto extra ao proprietário para providenciar a limpeza”, observou Alexandre. “Mesmo a quantia parecer pequena, os benefícios são enormes”, complementou. Estudos comprovam também que o óleo contamina o solo e não permite o cultivo de qualquer tipo de cultura.

Como o início da coleta se deu no último dia 16, a expectativa é de que até o final do mês a quantidade arrecadada aumentará. Financeiramente, o óleo coletado renderá R$ 200,00 que será rateado entre os cooperados. O produto poderá ser utilizado pelos compradores para vários fins, entre eles na transformação em biodiesel. A coleta está ocorrendo somente aos sábados, sendo que a cidade foi dividida em quatro setores e até então, seguindo ao cronograma estabelecido, apenas dois deles foram visitados pelos coletores. Em uma primeira etapa, que foi da divulgação, equipes distribuíram folhetos e funil para que os moradores estoquem o produto em garrafas do tipo pet, que também serão recicladas ao final do processo. Para comercializar o produto, segundo Alexandre, será seguido o mesmo exemplo dos demais materiais reciclados, ou seja, pelo melhor preço oferecido pelas empresas interessadas. “O valor arrecadado será incorporado na venda mensal da cooperativa para ser rateado”, afirmou. Atualmente 32 pessoas retiram o sustento da reciclagem. Em média cada cooperado recebe mensalmente R$ 600,00.

Aumento

A cada ano a cooperativa está ganhando força e se fortalecendo no setor. Recentemente os responsáveis sentiram um sensível aumento de material coletado, parte resultante do reflexo das festas de final de ano, quando normalmente o consumo de produtos sofre alteração. “Atualmente o volume coletado está acima da média, o que mostra que a população está colaborando de forma maciça com a coleta seletiva e paralelamente com o meio ambiente”, destacou Alexandre. As latas de alumínio, ao lado de outros metais classificados como finos, como o cobre, são os que têm maior valor de revenda. Porém, os de maiores volumes, como o papel e plástico, mesmo com valor comercial menor, são os que oferecem maior renda. “Como exemplo, somente em garrafas do tipo pet são arrecadadas em torno de duas toneladas por semana”, destacou Alexandre. O sucesso conseguido, para Alexandre, está ligado ao apoio que a cooperativa também recebe da administração municipal. (SRF)

Coletas mensais

Ao contrário do recolhimento do lixo reciclável, que ocorre semanalmente, no caso do óleo ocorrerá uma vez por mês. De acordo com a estratégia estabelecida, os bairros foram divididos em quatro setores. No primeiro sábado do mês, a coleta será feita no setor 1 (que incluem vários bairros, entre eles o Sílvia Covas, Pereirinha, Aroldo Camilo, Explanada, Tóquio, Cecap, Ipê , Eldorado e outros próximos) ; no segundo sábado, o setor 2 (com os bairros Alpaville, Panorama, Fátima, América, São Joaquim, Cidade Jardim, Jardim do Lago (I,II e III e outros próximos). Setor 3 (Vila Martins; Vila São Vicente; Jardim Primavera; Vila Paraíso; Parque Residencial Oliveira; Jardim Guanabara; Vila Formosa; Vila Santa Teresinha; Residencial São Fernando; Residencial Monreal; Residencial Cagliari; Residencial Gargione; Residencial Palmares; Village Regina; Portal dos Faveiros; Alto das Brisas; Residencial Village; Izabella Carolina; Residencial Miguel Barbeiro; Jardim Del Rey; Residencial Ana Paula; Residencial Regina Célia e Residencial Flávia. Já o quatro, com toda a área central, Vila Altimari, Vila Peres, Altimari, Pevi e outros próximos. (SRF)