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CIDADE & REGIÃO

19/12/2006

“Japonês” é condenado a nove anos de prisão

O Tribunal do Júri de Penápolis se reuniu ontem pela última vez este ano e condenou o Aparecido Modesto da Silva, conhecido pelo apelido de “Japonês”, 23 anos, autor de um único golpe que matou o jovem Ricardo Campanha, 22 anos, a cumprir nove anos de prisão em regime fechado. Presidido pelo juiz Rodrigo Chammes, o Conselho de Sentença, através de sorteio, foi formado por quatro homens e três mulheres.

Japonês, que aguardava o julgamento preso, teve em sua defesa o advogado João Bergamaschi Filho, enquanto que na acusação atuou o promotor Dório Sampaio Dias. Até ser preso Japonês residia na Vila Tóquio e ontem, ao dar sua versão no plenário votou a citar que não tinha a intenção de matar Ricardo. Com um canivete ele pretendia, conforme afirmou, desferir um golpe no braço de seu oponente durante uma briga entre os dois tendo por finalidade que parassem com a confusão. Ele afirmou ter ficado surpreso ao ver à quantidade de sangue que jorrava do peito de seu adversário após o golpe. O homicídio ocorreu às 00h15 do dia 17 de julho de 2005, na rua José Pirani, defronte ao número 96, no Jardim Eldorado e conforme o que foi apurado pela Polícia, os dois envolvidos, que não tinham passagem pela Polícia, mantinham uma rixa anterior motivada pelo fato de Ricardo há algum tempo ter flagrado Japonês aos beijos com sua então namorada e também por ficar sabendo que a garota havia “ficado” anteriormente com o acusado. No dia do crime havia acontecido uma festa de aniversário na residência de uma ex-namorada de Japonês, sendo Ricardo um dos convidados. Segundo os policiais, Japonês, mesmo sem ter sido convidado, também foi à festa naquela noite e teria ficado nervoso ao ver sua ex-namorada dormindo dentro do carro de Ricardo e resolveu ir chamá-la. Ricardo não gostou de ver Japonês batendo no vidro do veículo, o que teria acionado o alarme, e foi tirar satisfação, quando teve início um bate-boca seguido de agressões mútuas.

Por duas vezes os dois foram apartados e ao se confrontarem pela terceira vez ocorreu o golpe contra Ricardo, atingindo-lhe o coração, que socorrido faleceu antes de dar entrada no Pronto-socorro. A arma do crime, um canivete que aberto se aparentava com um punhal, foi apreendido pelos policiais. Na época, ao se apresentar Japonês disse que estava arrependido pelo ato cometido, enquanto alegou que havia atuado em legítima defesa. Em sua versão ele alegou que durante a briga, pelo fato de seu oponente ter maior estatura, estava apanhando. Após ter permanecido um período respondendo ao processo em liberdade, posteriormente o acusado foi preso e nesta situação permaneceu até o julgamento.

 

Versão em plenário

Ao fornecer novamente sua versão sobre os fatos o réu revelou aos presentes que, ao contrário do que até então havia sido relatado, ele foi convidado para a festa de aniversário, porém, como era necessário o pagamento de uma quantia em dinheiro para custear o evento, preferiu não ir. Mesmo assim, após ter saído de uma Festa Junina, acompanhado de um amigo, decidiu passar pela residência onde a festa de aniversário ocorria. Ao chegar na casa, da qual afirmou não ter entrado, ao conversar com amigos foi alertado de que Ricardo não estava nada satisfeito de vê-lo naquele local, alegando como motivo o fato de não ter colaborado financeiramente para a realização da festa. Ao lado do amigo, em duas motos, decidiram dar uma volta, tendo ido com eles duas jovens que participavam do evento. Ao retornarem, Japonês decidiu ir conversar com sua ex-namorada, que estava dormindo dentro do carro de Ricardo. Afirmando não saber que o veículo pertencia a seu oponente, foi até o carro e ao bater no vidro para chamá-la o alarme disparou. Ricardo, que estava dentro do imóvel, teria então ficado bravo com Japonês e os dois passaram a trocar insultos. Das ofensas, após sair da residência os dois passaram a trocar socos, tendo Japonês, afirmando estar levando desvantagem devido ao porte físico de seu adversário, usado o capacete para se defender. Os dois teriam sido separados pelos amigos por duas vezes, até que, na versão do réu, ao se atracarem novamente resolveu sacar o canivete que trazia consigo com a finalidade de aplicar um golpe no braço. O golpe, porém, acabou atingido o peito e levado Ricardo à morte. Duas garotas tentaram segurar a moto de Japonês para que ele não fugisse, mas desistiram do intento. “Não queria matá-lo, pois se quisesse, quando ele estava caído eu poderia aplicar novos golpes”, se defendeu o acusado ontem. Ao ser perguntado o motivo de estar armado com o canivete, Japonês afirmou não saber a razão. “Se pretendesse andar armado, como trabalhava, tinha condições de comprar um revólver”, se defendeu perante os jurados. (SRF)

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