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CIDADE & REGIÃO
29/11/2018
"História Africana e Afro-brasileira": Pedagogia da Funepe realiza projeto cultural
DA REDAÇÃO
No Brasil, a partir da promulgação da Lei nº 10.639/2003 e das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana, foi estabelecido um marco legal, político e pedagógico de reconhecimento e valorização das influências africanas na formação da sociedade brasileira e do protagonismo da população afro-brasileira na formação social, política e econômica do país. Foram criadas, ainda, formas efetivas para o enfrentamento e a eliminação do racismo e da discriminação nos contextos educacional e social. Desde então, tanto o Ministério da Educação quanto a Representação da Unesco no Brasil têm concentrado esforços para produzir conteúdos e materiais pedagógicos voltados para a formação inicial e continuada de professores vinculados à educação básica.
Muitos são os aspectos culturais que sofreram influência africana no país, entretanto, podemos destacar a capoeira como uma dança-luta praticada pelos antigos escravos criada no Brasil e a culinária, com vários temperos e pratos típicos, como o vatapá, o caruru e o acarajé.
Na área musical, os ritmos africanos estão em quase todos os estilos brasileiros, tais como maxixe, samba, choro, bossa-nova. Na dança, o samba é a expressão maior da cultura afro descendente.
O curso de Pedagogia da Funepe conta com as disciplinas de Conteúdos, Metodologias e Práticas de Ensino de História e Atividades Complementares no quarto e sexto semestres de Pedagogia, ambas sob a responsabilidade do professor Cledivaldo Donzelli. Estas disciplinas proporcionam aos alunos leituras teóricas de diversos autores e apresentam as várias possibilidades metodológicas para desenvolver esta temática em sala de aula, além de aplicarem projetos de extensão junto às diversas escolas e equipamentos culturais do município.
No mês de outubro os alunos Beatriz Issa, Bruno Monteiro, Giovana Chamareli, Patricia Alves e Thailine Santos desenvolveram em parceria com o Programa Escola da Família da Escola Estadual “Luiza Nory” em Penápolis. O projeto, denominado História e Cultura Africana e Afro-Brasileira, conta com a participação de crianças e jovens.
Os alunos apresentaram a história da capoeira, seguida de explicação sobre a função de cada instrumento, além da apresentação de capoeiristas voluntários do programa. Logo após contaram a história da culinária africana e afro-brasileira como forma de demonstrar que o país foi composto por três matrizes, sendo índia, africana e europeia.
Para isso apresentaram e degustaram a Munguzá, uma iguaria doce feita de grãos de milho-branco ou amarelo levemente triturados, cozidos em um caldo contendo leite de coco ou de vaca, açúcar, canela em pó ou casca, cravo-da-índia, além de uma pitada de sal. No Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil o mesmo prato é denominado canjica.
Os resultados, segundo os alunos, foram excelentes, pois as crianças e jovens compreenderam os aspectos constitutivos de suas identidades num mundo globalizado e totalmente voltado ao presentismo.
(AI/Funepe)
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