A era do transhumanismo

A evolução tecnológica, por vezes, parece ir de encontro à ficção científica e com as tendências mais próximas de realidade virtual e interação em tempo real e 3D parece que saltamos diretamente para o enredo de um game ou filme bem conhecido.

No entanto, isso é tudo muito real e muitos começam já pensando e até preparando nos próximos passos da evolução tecnológica. Enquanto muitos se preocupam e até analisam o impacto da inteligência artificial muitos começam falando, aceitando e até planjeando um futuro de transhumanismo. Ora o transhumanismo sugere que com a importância que a tecnologia e o seu desenvolvimento têm em nossas vidas porque não torná-la parte do nosso corpo ou uma extensão do mesmo? Já existem diversas aplicações para isso como membros que substituem ou são colocados em pessoas que os perderam ou que poderíam perder mas o transhumanismo fala de um passo mais à frente em que as pessoas terão o seu código genético modificado articialmente para melhorarem ou eliminar doenças, adquirir mais conhecimento fazendo ligações diretas ao cérebro, poder ver diretamente e sem recurso a nenhum aparelho ou óculos como se estivéssemos analisando as coisas através de uma tela ou computador, enfim, as possibilidades são quase inimagináveis ou infinitas de acordo com o que a fantasia nos habituou.

No entanto, essa não é uma realidade tão descabida, havendo mesmo alguns movimentos e pessoas que vêm assumindo que isso será o futuro e algumas já começaram dando os primeiros passos. É o caso, por exemplo, de Neil Harbisson que implantou um “eyeborg” no crânio que faz com que ele seja capaz de interpretar as frequências de luz e as transformar em frequências acústicas, se tornando assim, no primeiro artista-cyborg do mundo.

Pode parecer algo descabido mas se pensarmos em algumas vantagens que isso poderá ter no futuro como colocar algo nos braços que nos dará mais força para levantar determinados pesos, colocar algo em nossa mente que nos permita aceder a tudo o que já foi escrito e estudado sobre um tema em determinada situação e até a cura de doenças parecem ser aplicações úteis. Outra possibilidade é de não necessitarmos de mais equipamentos tecnológicos, uma vez que, poderíamos ter tudo em nossos olhos diretamente mudando apenas com o controlo da mente. Algumas possibilidades são bastante interessantes como também a utilização de nanotecnologia para regenerar tecido e células humanas e assim combater eficazmente e remover todo o tipo de doenças e limitações. Essa inclusive é já uma realidade perto de se concretizar tal o avançado estágio do estudo e suas aplicações. Claro que, numa primeira fase, será algo limitado ou muito direcionado para determinada função mas com o tempo evoluirá para essa realidade.

Ou seja, a possibilidade de tornar um humano “híbrido” com partes tecnológicas parece para alguns ser o futuro para que nos encaminhamos. A própria Google já vem estudando a criação de lentes de contacto que permitam ao usuário poder ver o que quiser ou analisar a realidade como se estivesse dentro do Google Maps em tempo real. Isso significa que outras empresas gigantes tecnológicas como a Apple, Facebook ou Microsoft se ainda não começaram estudando alguns potenciais usos desse tipo de tecnologia o irão fazer num futuro muito próximo. Porque a verdade é que todo o mundo se quer tornar melhor e se puder modificar ou auxiliar algumas partes do seu corpo para ficar melhor e não apenas esteticamente então as pessoas consideram isso se souberem que o risco para sua saúde é mínimo ou inexistente.

No fundo, o que o futuro nos trará é dificíl de prever tal o ritmo a que a tecnologia evolui mas podemos garantir que irá facilitar a vida de todo o mundo com toda a certeza como até então tem sido feito.

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