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GERAL

20/07/2019

20 de Julho - Dia do Amigo: Amizades virtuais e unilaterais ganham força na era dos influenciadores digitais

Imagem/Reprodução
Detalhes Notícia
Pesquisa revela que 84% das pessoas seguem a vida de influenciadores digitais e 44% os consideram verdadeiros amigos

DA REDAÇÃO

A pesquisa #Hashtag Seguidores, realizada de março a junho de 2019, pelo Instituto de Estudos de Comportamento e Consumo Diário de Campo, com 1.260 pessoas de todo o Brasil, revelou que o hábito de seguir blogueiros (as) / influenciadores / celebridades é expressivo no Brasil.
A pesquisa mostrou que 84,3% dos entrevistados dizem gostar de seguir e acompanhar com frequência blogueiros(as) / influenciadores / celebridades; 12,2% seguem, mas não veem perfis dos influenciadores com muita frequência; apenas 3,5% não seguem/não gostam de seguir influenciadores.
E essa grande influência se explica pela alta sensação de proximidade dos seguidores em relação a influenciadores, isso porque 62% se consideram próximos aos blogueiros(as) / influenciadores digitais / celebridades; 44% dizem que influenciadores poderiam ser chamados de seus amigos.
A pesquisa mostrou também que isso é mais forte entre os homens, 52% deles chamam influenciadores de amigos. Ou seja, um em cada dois homens acredita que um digital influencer é verdadeiramente um amigo.
Alguns fatores que contribuem para o sucesso das relações por meio das telas e que foram revelados pela pesquisa são a falta de tempo e a falta de disponibilidade para estar inteiramente presente no encontro com o outro. A amizade, no caso do Instagram, não é uma via de mão dupla, mas de mão única. As pessoas sabem que aquele influenciador - considerado amigo - pode nunca saber da existência delas, mas isso não importa. O que vale é o fato do influencer fazer bem a elas e estar sempre disponível nos posts e nos stories acessados a qualquer momento.
“As pessoas tendem a considerar seus amigos quem as ajuda, os que estão disponíveis quando precisam. Independente se há uma relação de troca. E isso é o que muitos influenciadores digitais fazem com maestria.”, diz Renata Del Caro, sócia da Diário de Campo Pesquisa de Mercado. A relação entre telas pode ser considerada um dos fatores que levou as conversas a serem mais rápidas e superficiais. Além disso, as pessoas tendem a se encontrar menos. Passar a considerar influenciadores amigos pode ser interpretado como um sintoma desse processo.
“Ouvimos de muitos entrevistados não terem oportunidade de conversar com amigos e se aprofundar em questões pessoais. O isolamento social e a falta de diálogo são sintomas da sociedade moderna onde um ombro amigo muitas vezes é substituído por curtos comentários escritos.”, complementa Renata. De acordo com alguns entrevistados, é mais fácil e rápido assistir a um story que os vai fazer bem e os deixar “para cima”, do que encontrar ou então ligar para um amigo, por exemplo.

Autoestima
Além das dicas de compra, citadas como importantes para 52% dos entrevistados, 56% das pessoas dizem que os influenciadores as ajudam a ter mais autoestima e a se aceitarem como são. Também 51% dizem que os influenciadores as ajudam a encarar a vida de forma mais positiva.
“Muitos influenciadores incluem em suas postagens frases motivadoras, de auto-superação, auto-aceitação, dando estímulos necessários em momentos de carência e, até mesmo, aplacando e preenchendo o lugar de falta que a própria rede social fomenta com suas imagens, corpos e vidas perfeitas.”, complementa Julianna Queiróz, também sócia da Diário de Campo.
A médica Bruna Gomes, de 26 anos, atesta: “já aprendi muito com influenciadoras do Instagram. Elas me fazem pensar sobre mim, me ajudam a refletir sobre vários assuntos. Até na minha relação com o meu namorado elas já influenciaram. Elas ampliam o meu olhar para o mundo. Já mudei a minha forma de pensar por causa delas.”

Mais interesse
O estudo comprova que esse hábito de seguir influenciadores digitais está relacionado a benefícios que os mesmos trazem para suas vidas. Desde algo intangível - como bem-estar, leveza, prazer -, como aspectos tangíveis - como dicas de compras e lugares para ir.
52% dos entrevistados dizem que seguem influenciadores porque dão ótimas dicas de compras, beleza, receitas, viagens etc; 45% afirmam seguir porque são engraçados.
“Questões de gênero, feminismo, política têm menos espaço em uma rede social de maior apelo visual. Quando se quer falar de política e outros temas mais densos, as pessoas preferem redes que dão espaço para texto. Isso porque um texto permite se pensar mais e reescrever, obtendo um resultado mais próximo ao desejado. Já o vídeo exige boa articulação, expressão, palavras na ponta da língua, raciocínio rápido. Um vídeo que pareça ensaiado perde a credibilidade“, analisa Julianna Queiróz.
As pessoas estão buscando o humor acima de qualquer outro assunto específico (55,2% das pessoas seguem pessoas que usam o humor em suas postagens). O humor funciona como um lugar de fuga dos problemas enfrentados tanto na vida pessoal, como política e social. O humor como uma possibilidade de respiro, um momento de poder desligar do dia a dia retratado pelos entrevistados como “pesado”.

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