Verdão se sente apoiado por torcida em jogos e prevê divisor de águas

A Mancha Alviverde já atraiu até quem não é membro da uniformizada para cobrar o presidente Paulo Nobre em frente à sua casa na noite de segunda-feira e marcou novo protesto em frente à Academia de Futebol amanhã. Diante da situação, o Palmeiras ressalta que, durante os jogos, os torcedores procuram apoiar, e tentam tornar a colaboração permanente com vitória sobre o São Paulo no domingo, no Pacaembu. “No estádio, o torcedor está apoiando até o fim dos jogos. Claro que, depois do apito final, criticam e fazem os seus gritos, mas apoiam durante o jogo. Isso só não tem feito diferença nenhuma dentro de campo”, analisou Felipe Menezes, um dos mais criticados da equipe. O meia até tenta acalmar os protestantes, embora o time vença há oito rodadas e esteja a um ponto da zona de rebaixamento no Brasileiro. “Nunca é bom estar em um momento ruim desses. O torcedor, chateado, pressiona, mas manifestações assim não contribuem nem trazem bônus nenhum. Mesmo assim, se vierem ao centro de treinamento, teremos tranquilidade.” Calma, contudo, só será garantida dentro de campo. Por isso, em vez de apreensão, o Choque-Rei é visto como oportunidade. “Era melhor chegar ao clássico em outra circunstancia, mas acaba sendo uma faca de dois gumes. Pode ser um divisor de águas”, projetou Felipe Menezes, otimista.  “Uma vitória sobre o São Paulo pode mudar tudo. Temos que tentar enxergar da melhor maneira. Se conseguirmos vencer, vamos fazer um campeonato mais na parte de cima da tabela”, prosseguiu, defendendo o técnico Ricardo Gareca, que só somou um ponto em cinco rodadas, e em frustrante empate diante do então penúltimo colocado Bahia no Pacaembu. “Ele tem feito o que pode, conversado, orientando taticamente, mostrado vídeos. Só não temos conseguido os resultados, mas está sendo feito um bom trabalho. É resgatar a confiança com vitória no Brasileiro”, apontou o meio-campista.