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03/06/2012
Verdão desconfia de fundo e Felipão aceitaria R10 de novo
Interessa ou não interessa? Arnaldo Tirone abriu as portas para Ronaldinho Gaúcho cinco horas depois de descartá-lo com veemência, na sexta. O saldo do discurso do presidente: mais repercussão no Palestra e a conclusão de que, para parte da direção, o negócio seria bom por meio de parceria. A diretoria não vê recursos para isso, apesar da “oferta” de um fundo árabe. Manel Ferrer, agente espanhol, representa tal fundo e procurou Assis, empresário do atleta. Eles querem investir em jogadores com outro perfil no Brasil (jovens), mas o Gaúcho seria como uma “vedete” para alavancar negócios. Foi tal projeto que foi oferecido ao Palmeiras, de maneira superficial. “Desde que cheguei, já falei com umas dez pessoas dizendo ser de um fundo. Isso são conversas informais, algumas muito interessantes. As coisas que tem sido feitas têm sido com parceiros tradicionais”, afirmou o gerente César Sampaio. Avaliando só o campo, o dirigente é a favor. Outra pessoa influente da cúpula alviverde acha que a contratação é impossível e seria um desperdício. Sampaio vê tal fundo com receio. “Se o cara chega e fala que vai bancar, te dar dinheiro, mudar a vida, isso interessa. Mas entre falar e a coisa ser executada, é diferente. A questão não é só ter dinheiro, tem de saber como é o dinheiro, de onde vem”, afirmou o gerente do Palmeiras. Luiz Felipe Scolari, que pediu Ronaldinho em janeiro de 2011, quando o clube o disputou com Fla e Grêmio, não o solicitou. Mas gostaria de tê-lo no grupo. Pentacampeão do mundo com o atleta em 2002, Scolari acha que ele rendeu em campo no Fla e seria um ótimo reforço neste ano. Tirone, que chegou a dizer que ele só viria caso não fosse mais presidente do clube, foi questionado sobre a questão disciplinar, um drama no Rio.
“Não tem de dar explicação por algo que nem aconteceu ainda. A parte disciplinar é outra coisa. Quando ele quer jogar, ele joga. Ele pode jogar em qualquer time do mundo, todos teriam interesse nele”. “Bipolaridade” do presidente à parte, o Verdão se animaria com ele. Se alguém pagasse. Aí é o problema.
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