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ESPORTES

03/04/2011

Resgate do passado do CAP reúne gerações

Silas Reche
Detalhes Notícia
Chito, Rogério e Nei Carlos, ao lado de Bugiga, na homenagem

Mais quatro ex-jogadores do Clube Atlético Penapolense receberam homenagem da diretoria dentro do projeto que tem por objetivo resgatar o passado da equipe. Desta vez os homenageados foram Nicolau Gonzáles Rodrigues, 70 anos, o “Chito”, Nei Carlos Soares Rodrigues, 57, Rogério Oliveira Pires, 45 e Hugo Pagani. O resgate proporciona o descobrimento ou mesmo as lembranças das passagens remotas da equipe. Um destes exemplos se refere à Chito. Ele nasceu na fronteira do Brasil com o Paraguai e serviu o Exército em Campo Grande (MS). Chito disputou partidas nas equipes de base do Operário daquela cidade e foi convidado por um empresário que na década de 1960 iria montar uma indústria de malas em Penápolis a vir para a cidade. Aceitando ao convite se mudou para Penápolis e começou a disputar partidas amistosas. Com muita habilidade, logo se destacou entre os demais atletas. “Fui convidado para assistir a um amistoso entre o Corintians (equipe já extinta na cidade) e um combinado de Bilac. Sem que eu soubesse, um amigo entrou em contato com os dirigentes do Corintians e comentou sobre minhas qualidades técnicas. Acabei entrando no jogo e em 15 minutos marquei três gols”, relembrou Chito. Curiosamente ele foi sacado da partida, mas logo foi avisado que faria parte do time titular. Logo os dirigentes do CAP, alertados do potencial de Chito, o convidaram para fazer um teste. Acabou sendo aprovado. Sua permanência na cidade tomou consistência quando iniciou um namoro com uma penapolense. “Na época os jogadores de futebol não tinham uma boa reputação e tinham o rótulo de vagabundos. O pai dela não aprovava o namoro, mas com o tempo acabou cedendo”, relembrou Chito. Ele se casou e fixou residência por definitivo em Penápolis. Outro jogador que tem boas lembranças é Rogério, que atuou no CAP na década de 1980, quando era presidente da equipe Lindório Apparecido de Castilho. Em 1983 o time de juniores do CAP era muito forte e durante os treinos coletivos sempre venciam os confrontos contra os titulares. Mesmo com a equipe formada e prestes a iniciar o campeonato, ocorreu uma discussão entre o presidente e os jogadores que foram quase que em sua totalidade dispensados. De última hora e para não perder o jogo por WO os jogadores juniores foram inscritos e logo na estreia o confronto era contra a forte equipe do Santa Fé do Sul. “O jogo foi dramático e após termos saindo perdendo conseguimos o empate em 1 x 1. Em reconhecimento ao nosso esforço, a torcida, com uma bandeira, arrecadou dinheiro nas arquibancadas para que o “bicho” fosse pago”, lembrou. Neste jogo o time foi formado apenas com dois jogadores de fora da cidade. Alguns meses depois Rogério foi contratado para atuar em uma equipe mexicana e retornou a equipe, na condição de preparador físico, alguns anos depois.

Cooperativa
Hugo Pagani teve duas passagens pela equipe, uma em 1977 e depois em 1989, na cooperativa presidida pelo médico Evandro Lemos Domingues. Como a maioria dos jogadores da época, Hugo foi descoberto nos campos de futebol em partidas amadoras. “Na época eu defendia o Milionários de Penápolis e fui convidado para defender o CAP”, lembrou Hugo. O período marcante foi à cooperativa, proposta que visava salvar o time da extinção bem como do rebaixamento. “O time foi formado em sua maioria pelos jogadores de Penápolis e comarca e a proposta era de não haver salários. Apenas a receita era rateada”, lembrou. Ao final o objetivo foi alcançado. Atualmente Hugo permanece dentro dos gramados ou quadras esportivas, mas na condição de árbitro.

Nei Carlos
Nei Carlos foi descoberto durante uma “peneira” em um campeonato promovido na década de 1970 pelo olheiro Aimoré Chiquito. Atuou na época ao lado de Claércio, Wilson Tadei e Noriva, dentre outros. Ele também defendia o Milionários de Penápolis e estreou no CAP durante um jogo complicado em Jaú quando o titular Noriva se contundiu. O CAP venceu na casa do adversário com um gol de Nei Carlos, criando um problema para o técnico da época. É que Noriva era titular e Nei Carlos não poderiam ficar de fora do time na decisão do Campeonato Paulista da Segunda Divisão de 1977. Foi necessário ao técnico mudar vários jogadores de suas posições originais, já que Noriva havia se recuperado. O CAP sagrou-se campeão, em final contra a Internacional de Bebedouro com gol de Nei Carlos. “Apesar da força e dedicação dos jogadores, não havia salário e apenas recebia-mos os bichos em caso de vitória. Para sobreviver tinha-mos que manter um serviço e treinar apenas um período”, lembrou. Para ele, atualmente o profissionalismo implantado pela diretoria é grande. “Para se ter uma ideia, apesar da importância do jogo contra Jaú, viajamos horas antes e de perua Kombi. Atualmente os atletas pernoitam em hotel e o transporte é em ônibus confortável”, observou. Dos quatro jogadores, apenas Hugo Pagani não pode comparecer quarta-feira no Tenentão, onde a exemplo dos demais homenageados, adentraram ao gramado e tiraram uma foto oficial com o atual elenco. (AI/CAP)

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