Penapolense pode abrir mão do CT

O presidente do Clube Atlético Penapolense expressou sua preocupação com as finanças do clube no segundo semente, já que a receita sofreu uma forte queda nos últimos meses.

Diante das incertezas quanto aos novos patrocínios, o baixo público nos jogos no Brasileirão da Série D e as poucas adesões até o momento de sócios torcedores, poderá levar a diretoria a tomar uma atitude considerada como drástica, a de retirar a equipe do Centro de Treinamento. "Se isto ocorrer será infelizmente um retrocesso", garante o presidente. A situação financeira da equipe foi exposta aos conselheiros durante uma sessão extraordinária convocada para a noite de terça-feira, 30, ocorrida no próprio CT. Conforme exposto pelo presidente, manter a equipe naquele espaço gera uma despesa de aproximadamente R$ 60 mil ao mês, valor que seria reduzido consideravelmente caso o time passasse a utilizar o estádio Tenente Carriço para os treinos e os jogadores ficassem alojados em imóveis. Pela estimativa da diretoria, os custos para este semestre será em torno de R$ 1,5 milhão, existindo a possibilidade de adiantamento de recursos oriundos de publicidade em torno de R$ 700 mil. O restante, para ser possível a manutenção, terá que ser conseguido com publicidade e a venda de títulos de sócio-torcedores. Mas, apesar da excelente campanha no Paulistão e a facilidade em poder adquirir ao pacote de ingressos a preços populares (R$ 199,00 divididos em dez vezes no cartão de crédito), as vendas ainda não decolaram. Até à tarde de terça-feira, 30, cerca de 130 unidades haviam sido comercializadas. "Esperamos que nossos torcedores colaborem para que possamos montar uma equipe competitiva no próximo ano", conclamou. Mesmo com as incertezas do momento, a diretoria quer colocar em prática um antigo projeto, o da formação de equipes de base, começando pelo Sub-15, Sub-17 e Sub-20 já em 2014. Na reunião os conselheiros presentes se comprometeram a divulgar a campanha para angariar novos sócio-torcedores além de irem à busca de mais patrocinadores, o que inclui placas no estádio ou outras formas para auxiliar a receita. Conforme observou o presidente, para a disputa do próximo Paulistão, com o reforço do caixa através do patrocínio, o que inclui a cota paga pela TV e a realização de dois jogos com equipes grandes em Penápolis, o problema financeiro será bastante amenizado. "Nossa preocupação é nestes próximos meses, o que nos leva mais uma vez a pedirmos o apoio dos torcedores", finalizou.

Uma das opções para sanar os problemas, caso não ocorra uma resposta rápida nas tentativas expostas, e que esta será buscada pelo presidente e seus irmãos, é no tocante a um investidor para compartilhar ou mesmo assumir toda a gestão da equipe.