Oscar é eleito para o Hall da Fama do basquete

Oscar Schmidt foi confirmado no Hall da Fama do Naismith Memorial Basketball, pela organização que leva o nome do criador da modalidade, ontem. Agora, ele fará companhia aos campeões mundiais Ubiratan Maciel, em 1963, e Hortência, em 1994, como representantes do país já homenageados. Ele foi escolhido diretamente, através do Comitê Internacional. A eleição só será definida em abril, durante a o Final Four da liga universitária americana, mas existem comitês criados em 2011 com o poder de indicar um nome diretamente, como é o caso de Oscar, que concorria com o ex-treinador Togo Soares, o Kanela, bicampeão mundial em 1959 e 1963. Além de Oscar, receberam a honraria Roger Brown, escolhido pela Associação Americana de Basquete, Edwin B. Henderson, indicado pelo Comitê dos Pioneiros Afro-Americanos, Richard Guerin, pelo Comitê de Veteranos, e Russ Granik, escolhido pelo Comitê Colaborador de Eleição Direta. Todos eles participarão da cerimônia oficial da homenagem, marcada para setembro. Oscar, apelidado de "Mão Santa", fez sucesso na seleção brasileira medalha de ouro no Pan-Americano de Indianápolis, em 1987. Na decisão, ele liderou o time na vitória sobre os Estados Unidos por 120 a 115, na primeira vez que os americanos perderam um jogo em casa. Ele também foi bronze no Mundial das Filipinas, em 1978. Pelo Brasil, ele somou 7.693 pontos em 326 partidas oficiais, tendo defendido o time nacional de 1977 a 1996. Além de títulos, o brasileiro ainda soma alguns recordes. Ele é o maior pontuador da história do basquete, com 49.703, é o maior das Olimpíadas (com 1.093), além de ser o atleta mais vezes cestinha nos Jogos (três vezes) e é ainda o principal marcador em um único jogo no evento, com os 55 pontos feitos contra a Espanha, em Seul-1988. O ex-ala se aposentou em 2003, aos 45 anos, quando defendia o Flamengo. Ele também jogou pelo Palmeiras, Corinthians, pelos italianos Caserta e Pavia e pelo Forum/Valladolid, da Espanha.