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06/08/2015

Olimpíadas tem atrasos, poluição e dúvidas

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Marina da Glória corre risco de “perder” competições de vela por excesso de poluição

Quando a candidatura do Rio de Janeiro para cidade-sede das Olimpíadas de 2016 foi anunciada, em 2008, o governo brasileiro calculou que, ao todo, o evento custaria R$ 28 bilhões aos cofres públicos. Com a confirmação da capital fluminense como sede, no ano seguinte, a prefeitura prometeu projetos e obras que visavam deixar um legado olímpico ao município, buscando beneficiar futuras gerações com o maior incentivo esportivo em diversas modalidades. Mas a um ano do início dos Jogos, a realidade do Rio de Janeiro é contemplada por atrasos de repasses financeiros da União, obras inacabadas e superfaturadas, além de polêmicas envolvendo alguns dos locais onde serão disputadas determinadas modalidades. Se antes a estimativa financeira para o evento não alcançava a casa dos R$ 30 bilhões, hoje já ultrapassa os R$ 38,2 bi, superando os gastos da Copa do Mundo de 2014, que ficaram em torno de R$ 27,1 bi. Do valor estimado, R$ 24,6 bilhões são destinados ao legado olímpico, que prevê também melhorias na infraestrutura da cidade. De acordo com o Comitê Organizador do Rio, R$ 7,4 bilhões de despesas são de orçamento privado, que é responsável pela logística do evento – incluindo o transporte dos atletas e a organização das competições e cerimônias. O restante, portanto, ficaria para a compra de equipamentos especializados e a construção de ginásios e arenas. Segundo o jornal Valor Econômico, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, teria reclamado da demora em receber a verba da União para a realização das obras, fruto dos cortes de orçamento feitos em 2015 pelo governo de Dilma Rousseff. Sem o dinheiro em mãos de prontidão, a própria prefeitura estaria gerenciando os preparativos. Para ele, o principal inimigo na organização dos Jogos Olímpicos tem sido a burocracia imposta no repasse financeiro. Se no início do ano o discurso era de que não haveria atrasos na entrega das instalações para o evento mundial, a realidade já aponta o contrário. O próprio portal de transparência do governo já dá a construção do velódromo como atrasada – com 51,24% dos procedimentos concluídos, a expectativa é que a obra fosse entregue em dezembro deste ano. Localizado na região da Barra da Tijuca, o local contém 14 das 31 instalações e é considerado o principal ponto dos Jogos, principalmente por abrigar a Vila Olímpica. Também na Barra, o Centro Olímpico de Tênis é outra obra que deve ser entregue após o prazo final, apesar do status de “normal” apontado pela organização do evento. Com a data de finalização prevista para o dia 21 deste mês, apenas 60.62% da construção foi concluída. Os procedimentos do Parque Olímpico têm sido realizados pelo consórcio Rio Mais, formado pelas construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Carvalho Hosken. As duas primeiras têm sido investigadas na operação Lava-Jato, embora algumas autoridades afirmem que a situação não deve interferir no planejamento das Olimpíadas. “Sabemos que a cobertura da imprensa sobre o assunto é grande, mas as obras olímpicas estão sendo feitas em consórcios robustos. O que o Comitê Organizador informou aos membros do COI (Comitê Olímpico Internacional) é que não há qualquer problema com as obras”, afirmou o diretor executivo do COI, Christophe Dubi, em fevereiro deste ano. Outras três regiões da cidade ficarão encarregadas de receber as modalidades: Deodoro, Maracanã e Copacabana. Na primeira, o complexo esportivo deveria ser entregue em fevereiro de 2016, mas já consta como atrasado no cronograma: apenas 42,98% da obra está pronta. O local abrigará modalidades como basquete, pentatlo, hóquei sobre grama, rúgbi, hipismo, tiro esportivo e ciclismo. Já na Região Maracanã, o Engenhão deveria estar livre de reparos desde novembro de 2014. No entanto, uma reforma no reforço estrutural da cobertura do estádio ainda é prevista pelo consórcio que cuida da obra, formado pelas empresas Odebrecht e AOS. Interditado em março de 2013, o local só foi reaberto em fevereiro deste ano. Além da atenção com as obras inacabadas, outra preocupação passou a rondar o cenário pré-Olimpíadas no Rio de Janeiro: a poluição na Baía de Guanabara, na praia de Copacabana e na Lagoa Rodrigo de Freitas. Atletas de modalidades como vela, canoagem, triatlo e maratona aquática precisarão encarar águas semelhantes ao esgoto, com altas taxas de poluição. Uma reportagem divulgada pela AP (Associated Press) no mês de julho mostrou níveis perigosos indicando a presença de vírus e bactérias nos locais, colocando em risco a saúde dos competidores. A rota de fuga à Baía seria levar as competições da vela para o mar aberto. Na ocasião da candidatura olímpica, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, falou em realizar mais investimentos na infraestrutura de saneamento básico da cidade, prometendo a limpeza de até 80% da Baía de Guanabara. Sete anos depois, com a investigação da AP vindo à tona, o político até lançou uma tentativa de ampliar o programa de despoluição, mas admitiu que nada pode ser feito a tempo dos Jogos.

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