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19/11/2017

Memorias do Carboni

Imagem/Arquivo Pessoal
Detalhes Notícia

Nos bons tempos do chamado futebol de “campão”, ou seja, futebol jogado em campo grande com 11 jogadores cada equipe, Penápolis possuía inúmeros times que geralmente levavam o nome do bairro em que o campo se situava, e, onde os dirigentes e a maioria dos jogadores moravam. Entretanto, havia também aquelas equipes patrocinadas por empresas, lojas e bares, e, esses patrocínios, na maioria das vezes se resumia em um jogo de camisas com o nome do patrocinador de vez em quando e umas cervejas e algumas biritas aos finais de semana. Havia um grande interesse e animação em se formar equipes e nesse embalo até a Polícia Militar tinha a sua, que participava de jogos amistosos e de campeonatos. Pelo que lembro a equipe do Fátima teve a oportunidade de enfrentá-la por duas vezes. Uma foi amistosamente no campo do Curtume, com arbitragem do saudoso Adelino Diório. Nós dominávamos e vencíamos a partida, o que estava desgostando os componentes da equipe adversária, pois havia na equipe deles alguns elementos que por serem policiais queriam vencer de qualquer maneira, só que no confronto contra nós nunca tiveram êxito. Mas, como eu ia dizendo, o jogo e o placar não eram do agrado de nossos visitantes e por vezes os lances eram muito ríspidos. Recentemente o campo havia perdido metade da grama devido a ação de uma máquina motoniveladora da Prefeitura, que ali estivera para melhorar o campo, então a terra ficou nua e fofa e em muitas jogadas era comum subirem nuvens de poeira e pó. O Ernesto, mais conhecido por zap e o jogador da Polícia, não estavam gostando nada de nada e numa disputa de bola perto do juiz, o zap aproveitou a ocasião e para amenizar um pouco a sua decepção quanto ao placar, deu uma rasteira no Adelino, que caiu ao chão envolto em grande nuvem de pó. O juiz levantou-se meio sem graça, espanou a roupa com as mãos, conseguiu achar o apito que havia caído ao chão e continuou apitando, mesmo porque o jogo não se interrompeu em seu andamento. Outra ocasião em que nos defrontamos foi no Estádio Municipal e válido pela Copa Arizona. Apesar de termos vencido, eu não lembro o resultado. Como sempre, foi um jogo bem disputado e ao final do mesmo, todos se cumprimentaram e foram embora. Na quarta-feira seguinte, meu irmão, que naquela época era policial, mas não jogava e nem estava no campo aquele dia, me procurou um tanto quanto nervoso dizendo que eu ou pelo menos alguns jogadores, seriam “convidados” pelo delegado, pelo fato que a bicicleta de um policial que participara do jogo, havia sumido. Não fora simplesmente roubada, mas, sim trocada, pois em seu lugar foi deixada outra mais velha. Ele não se conformava com isso e queria acionar a corporação para resolver o caso. Eu fiquei preocupado, pois confiava em meus jogadores e não acreditava que um deles fosse capaz de tal ato. Além do mais, havia muitos torcedores, alguns desconhecidos, era bem possível que dentre eles sim é que estivesse o culpado. Mas, conversa vai, conversa vem, no final de semana o caso foi esclarecido por mim e pelo acaso. Conversando com o Dodô Zanuto fiquei sabendo que quem fizera a troca das bicicletas fora ele mesmo. É que sua bicicleta era idêntica em cor, modelo e ano do policial, só diferenciando quanto a conservação e uso. A do Dodô era bem mais usada, só que a tardezinha e na pressa de ir embora, as duas pareciam iguais e daí o engano. Quanto ao Dodô, no dia seguinte ele já tinha notado a troca e quando toquei no assunto foi que esclarecemos o caso. Eu conversei com o policial e contei-lhe o ocorrido. Ele entendeu e as bicicletas retornaram a seus donos, tendo este caso um final feliz para ambas as partes.  

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