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21/08/2016

Memórias do Carboni: Seu Plínio

Imagem/Arquivo Pessoal
Detalhes Notícia

Eu conheço o senhor Plínio Ramos dos Santos desde o início da década de 70, quando ele era proprietário de uma venda na própria casa onde morava, na avenida Antônio Veronese, quase esquina com a Rua Gácomo Paro. Hoje, se alguém tiver um comércio igual ao dele, provavelmente o nome fantasia seria minimercado, mercearia, ou empório de secos e molhados, mas naquela época era conhecida por “venda”. Algumas reuniões da equipe eram feitas ali. O senhor Plínio, juntamente com o senhor Darci Tomazini e com o senhor Jarbas Flor, formavam o triunvirato de conselheiros da equipe, sendo que durante certo tempo, raramente alguns deles faltavam aos jogos. Eles orientavam os jogadores, ”pegavam no pé” de um ou outro, davam opinião na escalação, mas sempre respeitando a minha condição de presidente e responsável da equipe. Seus três filhos (Adão, João Luis e Nilton) também jogavam na equipe. O campo do Curtume não possuía água, e futuramente vou escrever um artigo contando como fazíamos para consegui-la, mas hoje vou relembrar umas das alternativas que tínhamos. O senhor Plínio,como dono de uma venda, tinha algumas quartolas ou barris de madeira com capacidade para 200 litros e ele nos emprestava para levar água ao campo, cedendo a própria água que pegávamos em uma torneira na sua casa. Depois de cheia, a quartola era tampada com uma rolha de madeira e ela ia sendo rolada até o campo, distante uns 300 metros dali. Um dia, chegou uma família da zona rural, que arrendou um bar ali ao lado e que possuía uma carroça para a entrega de leite e como um dos filhos do casal começou a jogar no time, começamos a usar a carroça para levar a quartola. Só que apenas a carroça era emprestada e quem a puxava eram os próprios jogadores.  Tanto no tempo em que a quartola ia rolando, como no tempo em que ia na carroça, nunca faltou alguém para levá-la. Juntavam uns 4 ou 5 elementos no varal da carroça, outros tantos atrás empurrando e todos saíam em disparada e só parava no campo. O pessoal era muito unido, ao contrário de hoje, quando a pessoa prefere passar sede do que levar uma garrafa de água. Não só os jogadores dos dois times, como também a grande torcida se utilizavam daquele benefício e então nos dias de muito calor acontecia da água acabar antes do final do jogo, só que não era viável buscar mais. Dentre tantos fatos relacionados àquela época, tem um que merece ser lembrado. Estávamos jogando contra uma equipe da cidade de Clementina e como às vezes acontecia, neste dia a água acabou. Um jogador adversário, já veterano, não gostou de ficar com sede e disse que não compensava arrumar jogo com time de ponta de vila, tratando nossa equipe com menosprezo, pois naquela época o campo do Curtume realmente ficava na ponta da Vila Fátima e a própria Vila Fátima já era ponta da cidade.  O Mutirão ainda era o aeroporto e onde hoje é o Alphaville, Pereirinha, Tropical e demais bairros, eram áreas de pastos, cafezais ou mato. Quando ouvimos aquilo, não deixamos por menos e respondemos na hora que a nossa cidade era maior que a cidade dele. Parece que a resposta não agradou, pois ele fez uma cara mais feia do que já era e ficou quieto. Pena que depois de um certo tempo o triunvirato se dissolveu e o seu Plínio veio a falecer no dia 28 de setembro de 1988, com 62 anos de idade. A foto mostra a conquista de um troféu no campo da Fátima.

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