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22/05/2016

Memórias do Carboni: Pequenas desavenças

Imagem/Arquivo Família
Detalhes Notícia

Devido ao grande número de rapazes e adolescentes que frequentavam o campo do Curtume era natural que às vezes surgissem algumas desavenças entre eles. Só que essas desavenças, geralmente, tinham pouca duração e no mesmo dia ou no máximo no dia seguinte, tudo estava resolvido e em paz. A atuação da turma não se resumia apenas em treino com bola no campo e sim com outras atividades. Tinha aqueles que iam apanhar frutas em um velho pomar semi-abandonado, localizado mais para perto do Curtume e como o campo ficava dentro de uma vasta área coberta de mato, tinha aqueles que gostavam de ficar correndo por entre a vegetação, tanto a pé como de bicicleta, levando vários tombos. O Curtume jogava restos de raspas de couro e sobras da caldeira (carvão, cinza, etc...) formando montes, mas, que não eram empecilhos para os corredores que os ultrapassavam com facilidade. Era comum também aqueles que gostavam de tomar banho em um “poção” no córrego do Curtume, distante uns 500 metros dali. Certa tarde, talvez devido a alguma jogada mais brusca no treino, o Sanduca Preto desentendeu-se com o Ivo Bucheiro, e este, sabendo que não era páreo para enfrentá-lo saiu correndo. Depois de uma certa distância ele parou e criando coragem ameaçou o Sanduca dizendo “meu irmão é faixa preta e vai te pegar”. O Sanduca não se fez de rogado e respondeu “se o seu irmão é faixa preta eu sou preto inteiro” e correu por alguns metros e parou, já que o Ivo correu tanto que nem um raio o pegaria. Outra desavença ocorreu entre o Dodô Zanuto e o Carlinho Preto. O Dodô era charreteiro e ao final do dia ele colocava sua égua no campo do Curtume, para pegá-la no dia seguinte. Naquela época não existia o sistema de moto-táxi (aliás, a quantidade de motos era pouca) e o táxi era caro, então era normal a população se utilizar das charretes para se deslocar de um lugar para outro, fazendo os charreteiros trabalharem muito e ao final do dia os animais estavam cansados e só desejavam um balde de água para beber e comer o capim no pasto, no maior sossego. Só que a égua do Dodô não descansava porque o Carlinhos Preto esperava ele ir embora depois de colocar o animal no pasto para tomar o porre de andar montado nela. Até que um dia o Dodô descobriu, fez o flagrante e deu vários “croques” na cabeça do Carlinhos, e, isso aconteceu várias vezes, já que o Carlinhos era teimoso e insistia naquela prática. Eu acredito que ele considerava que o benefício (andar na égua) compensava o custo (levar uns “croques”), mas, dias depois ele abandonou esse procedimento. Como tudo na vida tem começo, meio e fim, aquela fase também passou, só não passando a lembrança daqueles que a viveram.

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