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04/09/2016

Memórias do Carboni: O VESTIÁRIO

Imagem/Arquivo Pessoal
Detalhes Notícia

Há muitos anos atrás, lá pelo início dos anos 70, resolvemos fazer um vestiário no campo do Curtume, só que seria um vestiário diferente dos outros. Ao invés de uma construção acima da terra, que por certo seria proibido pelo Curtume, esta seria abaixo do nível do terreno.
Ideamos, então, cavar um buraco no meio do capinzal, já que naquela época não havia árvore alguma ao redor do campo. Só que o serviço teria que ser feito a noite porque todos trabalhavam e ninguém tinha tempo de ir durante o dia. Mas isso não era empecilho, e sim, motivo de alegria e entusiasmo.
Logo, um batalhão de pessoas munidas de pás, enxadas e enxadões se dirigiu ao local. O nosso costume era vestir o uniforme do time em dia de jogos, em um lugar pouco a baixo do meio campo e resolvemos fazer o “vestiário” quase na linha de fundo, do lado esquerdo de quem entra no campo.
Para iluminar o local eram usadas várias velas que era acesas e fincadas no chão ao redor. Se alguém visse de longe a luz bruxuleante, poderia até pensar em uma sessão de macumba.
Como eu já disse em outros artigos, o campo do Curtume era um local ermo e que servia de motel para casais a pé, de bicicleta ou carro e já aconteceu de algumas dessas pessoas saírem de fininho ao verem nossa chegada.
O que interessa, porém, é que o serviço ia rendendo e ao cabo de várias horas de labuta distribuídas por algumas noites, um grande buraco foi cavado. A terra retirada foi colocada e socada à beira do buraco e este tinha a medida de 3,50m por 3,50m de cada lado e com 2,50m de profundidade.
A intenção inicial era cobri-lo com paus e capins, mas desistimos deste projeto porque iria ficar escuro e abafado e, além do mais, não seria nada difícil alguém atear fogo. Demos então por terminado o serviço e utilizamos o vestiário por muitos domingos trocando de roupa lá dentro.
Acontecia, às vezes, que a equipe adversária não via ninguém com o uniforme do Fátima e achava que nem haveria jogo, desconhecendo a existência do “vestiário”. De repente a equipe saia correndo em fila indiana parecendo um bando de catetos saindo da toca.
Durante a semana, a molecada brincava e derrubava muita terra dentro do buraco e com o passar do tempo desistimos de limpá-lo constantemente e, pouco a pouco, o mesmo foi sendo aterrado e destruído e não foi mais usado. A nosso pedido, um dia uma máquina da prefeitura fez um serviço daquele lado do campo para a retirada do capim para que pudéssemos plantar árvores e tapou o buraco.

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