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06/03/2016

Memórias do Carboni: Jogo no Urutágua

Imagem/Arquivo Pessoal
Detalhes Notícia

Jogar uma partida de futebol lá no campo do bairro do Urutágua era sinônimo de confusão. Invariavelmente quando íamos lá (e foram várias vezes), sempre acontecia algum bate-boca. Geralmente o problema não era com os moradores ou jogadores locais, que eram bacanas, mas, sim com os jogadores daqui de Penápolis que compunham o time do Urutágua e numa época em que havia muita rivalidade entre os times dos bairros da cidade. Curiosamente, no dia 25 de abril de 1971, a confusão foi com o juiz, um japonês dono da fazenda onde se situava o campo. Nós já tínhamos jogado com eles por três vezes, com duas vitórias nossa e um empate, e, era evidente que eles não iriam querer perder mais uma e logo dentro de casa. Nosso aspirante venceu o primeiro tempo por 1 a 0 com gol de Zanuto, mas, na etapa final levamos dois gols e perdemos de 2 a 1, com uma surpreendente boa arbitragem. No jogo titular foi que a coisa esquentou. Como eu disse, o juiz era um japonês, não o da Federal, mas, o dono da fazenda, que fazia de tudo para nos prejudicar, invertendo faltas e laterais sempre contra nós. Ainda no primeiro tempo, quando estávamos perdendo por 2 a 0, fomos falar com ele, mesmo sabendo da inutilidade do protesto, quando um membro da nossa diretoria (Sr Plínio), entrou em campo e deu um tremendo sopapo na orelha do juiz. Aí a coisa ferveu. O Sr Plínio subiu no caminhão que nos levara e nós o cercamos para protegê-lo. O diretor do time local era um sujeito forte e teríamos dificuldades em detê-lo se não fosse a providencial interferência do nosso centroavante Mário Soldado, que também era forte e por ser policial tinha as manhas de como agir e também ajudou o fato de os dois serem amigos. Alguns torcedores cabeça quente acabaram se acalmando. Já os jogadores ficaram de lado só olhando. Com o diretor e os tais torcedores sob controle e calmos, quem não se conformava era o juiz, pois afinal de contas, quem levou o “pé de ouvido” foi ele. Ele dizia que enquanto não descontasse o tapa o jogo não seria reiniciado. E foi mais além ao dizer que nem o caminhão ia sair da fazenda. O motorista era o Valdevino Preto, que ficou com uma cor entre o branco e amarelo, pois o caminhão era dele. Depois de muita conversa o juiz foi convencido a continuar o jogo, e, foi o que ele fez. Ele não descontou o tapa, mas, a sua arbitragem mudou. Mudou de ruim para péssima e o primeiro tempo terminou 2 a 0. Na etapa final, Vado marcou um gol aproveitando um escanteio batido por Mário Soldado. Logo a seguir, Mário Soldado empatou, mas, o juiz não confirmou o gol. É que naquela ocasião não havia redes nos gols e era comum os torcedores ficarem bem perto e alguns até se escoravam nas traves. O chute do Mário Soldado foi rasteiro e a bola ultrapassou a linha do gol, mas, um torcedor chutou-a de volta ao campo e o juiz disse que ela bateu na trave. Depois levamos mais um gol e perdemos de 3 a 1. A vitória do time da casa satisfez o juiz, porque ao final do jogo, ele botou o apito no bolso e foi-se embora sem causar mais nenhuma confusão. Jogaram Lê, Pé de Canoa (Sérgio), Tatá, Baio, Zé Marques, Zoca, Dico, Bijú (Mané), Zanuto, Adão e Dema.

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