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31/07/2016

Memórias do Carboni: Camisas de garantia

Imagem/Arquivo Pessoal
Detalhes Notícia

Algum tempo atrás a equipe do Fátima Futebol Clube realizava em seu campo, na Fenapen, um torneio de fim de ano denominado “Torneio Plínio Ramos dos Santos”. A organização ficava a cargo da equipe, mas, o patrocínio da arbitragem e premiação era da família do homenageado. O torneio contava com a participação de várias equipes da região e numa dessas ocasiões contamos com a presença da cidade de Luiziânia. Cada equipe pagava uma taxa simbólica de R$ 15,00 e quando a citada equipe chegou ficaram de pagar durante o jogo, mas, aconteceu um fato inusitado. O técnico deles abandonou o local e saiu a procura de um bar para beber, deixando sua esposa no comando da equipe. O tempo passava, o time perdendo e o cara não aparecia e a mulher já estava bem brava, pois sabia que ele era bom de copo. A equipe perdeu e como o sistema de disputa era eliminatório, já estava, portanto, fora do torneio. Já dentro do vestiário ninguém quis assumir a dívida da taca, então eu peguei quatro camisas do uniforme deles para usar como garantia. Ninguém se opôs, pois todos estavam fulos com ele e eu até poderia ter pegado o uniforme todo se quisesse. O tal técnico-diretor só apareceu quando todos já estavam lá na rua para irem embora. Estava “bebum” e gastara todo o dinheiro em algum bar. Quando soube do acontecido ele quis ficar “nervosinho”, mas, todos seus colegas foram contra ele. A mulher estava furiosa por ter sido abandonada à beira do campo, e, não era a primeira vez que isso acontecia. Se o cara não tivesse se calado, por certo apanharia dela. Não pagaram a taxa e foram embora. Depois de alguns meses eu dei as camisas para nossos jogadores. Muitos anos antes desse fato, mais precisamente no dia 11 de novembro de 1973, aconteceu algo semelhante. Marcamos um jogo para o campo da Fazenda Boa Vista e como era perto da cidade, alguns jogadores foram de carro, de bicicleta e outros (inclusive eu) foram a pé. Como foi arrumado de última hora, houve apenas um jogo, num clima de pouco interesse por parte das equipes e o placar final foi de 3 a 3. Nossos gols foram marcados por Zinho (2) e Benê (1). O time formou com Zé Carboni, Cassinho, Marião, Tigrão, Zinho, Zú, Papel, Paulinho (Pardal), Benê, Frajola e Batistaca. O mais interessante aconteceu após o jogo. A garantia era de Cr$ 15,00, uma mera coincidência com a taxa de inscrição do torneio, pois era em real e a outra em cruzeiro. O diretor da equipe era um tal de Cidão e ele disse que não ia pagar a garantia porque nosso time era muito chorão (pode?) só que ele tinha sido o juiz e desagradara até seu próprio time. Enquanto falava, ele ia guardando o uniforme dentro de um saco, então eu peguei quatro camisas (outra coincidência) e avisei que só iria devolvê-la mediante a garantia. Na quarta-feira seguinte, outro diretor, Airton, que não estava no campo no domingo, foi até a minha casa levar o dinheiro e pegar as camisas de volta. Poucas semanas depois eles vieram retribuir a visita no campo do Curtume e vencemos por 3 a 2 no aspirante e 3 a 0 no titular. Ao final das partidas eles ainda compraram alguns números de rifa de nossa equipe, cujo valor foi descontado da garantia. Porém, não houve mais oportunidade de novos confrontos, pois a equipe da Boa Vista logo se dissolveu.
A foto mostra a equipe do Fátima no campo da Vila Leuza, perto da cidade de José Bonifácio.

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