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14/08/2016

Memórias do Carboni: Bandeirinha invocado

Imagem/Arquivo Pessoal
Detalhes Notícia
A foto mostra a equipe do Fátima no Estádio Municipal

Era o dia 7 de setembro de 1993 e a equipe do Fátima entrava em campo para a segunda rodada do Campeonato Amador daquele ano. A estreia fora no sábado, dia 4, com uma boa vitória sobre o Eldorado, no Centro de Lazer, por 3 a 1. Só que agora nesta terça-feira a equipe estava desfalcada de alguns jogadores. Alex e Marcinho, da cidade de Avanhandava, não foram localizados, e Espirro e Patinho não compareceram. A equipe adversária, Centro Rural, também tinha seus desfalques, mas, com o passar do tempo, e, principalmente na segunda etapa, eles foram se reforçando, enquanto que de nosso lado não chegava ninguém. Entramos em campo com apenas um atacante, Má. Nosso lateral-direito entrou como ponta direita. Já na ponta esquerda entrou Nheca, cuja posição real é médio volante. Apenas dois jogadores compunham o banco de reservas: Zico para a zaga e Nardo como goleiro. O primeiro tempo foi normal, sendo que jogamos mais recuados devido a característica de nossos jogadores, só que no finalzinho demos moleza e levamos um gol. Na etapa final o nosso massagista Tim reclamou da péssima arbitragem e foi expulso de campo. Reclamou com justiça e foi expulso com injustiça. Logo em seguida nosso jogador Má sofreu falta não marcada pelo juiz. Má reclamou com o bandeirinha que poderia ao menos erguer a bandeira, pois a falta foi ao seu lado. No início o rapaz alegou  que não era ele que estava apitando, mas depois ficou nervoso e disse que poderia quebrar o cabo da bandeira na cabeça do Má. É claro que o Má não gostou da ameaça e tanto ele como os demais jogadores se aproximaram e disseram que ele então teria de cumprir a ameaça naquela hora. Ninguém pôs a mão em ninguém, ficando só nas ameaças e palavrórios. A pedido do juiz, o mesmo foi chamar o policiamento e disse que só reiniciaria o jogo quando houvesse segurança, não tanto para ele e sim para o seu ajudante. Depois de alguns minutos a partida foi reiniciada, mesmo sem a chegada de qualquer policial. Os ânimos estavam serenados, quando o tal bandeirinha chamou seu filho, um menino de 10 anos, e mandou-o ir até sua casa buscar um revólver que estava, segundo ele, em cima do guarda-roupa. Esta ordem foi ouvida por todos nós no banco de reservas, bem como por várias pessoas que estavam assistindo o jogo ao lado do alambrado. Chamamos o juiz para dar-lhe ciência do que estava ocorrendo. O jogo foi novamente paralisado e todos formaram um círculo ao redor do rapaz, sendo que ele levou uma saraivada de broncas do juiz, da torcida e dos jogadores dos dois times. Depois disso o jogo prosseguiu até o final sem qualquer incidente. Infelizmente levamos mais dois gols e perdemos de 3 a 0. Quanto ao filho do bandeira, ele não voltou ao campo e se dependesse da chegada da polícia, o jogo estaria paralisado até hoje.

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