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09/05/2010

Matando saudades... Tira o Cuca! Deixa o Cuca aí!

Detalhes Notícia
Hoje me demito da condição de adulto e volto à infância e adolescência, vivida nos anos 60, quando andava descalço pelas ruas da Vila América, ou de conga comprada pelo meu pai fiado na Loja Penapolense do senhor Antonio Makassian. Minha família era pobre, mas em Penápolis não existia crise. A vida, para mim, era uma eterna brincadeira, não sabia o que era fome, pois não se comprava frutas, verduras, e quando isso ocorria o preço era muito baixo. Aos domingos meu pai, João Xavier de Almeida, me levava ao Tenentão para assistir os meus ídolos, jogadores do Pantera da Noroeste. Era só alegria! Ali, no gol, estava o meu homenageado neste artigo, o querido Cuca, que no ano de 1965, junto com o Nena, teve a responsabilidade de completar uma das melhores equipes que Penápolis já teve, e que nos proporcionou muitas alegrias. Quem teve o privilégio de torcer pelo CAP na década de 60, com certeza se lembra do time na foto que ilustra este artigo. Em pé, da esquerda para a direita: Zanca, Alfeu, Eladio, José Adelton Filippin (Cuca), Chiquinho, Heitor. Agachados: Patito, João Davi, Muci, Joel e Kermes. Acreditem, queridos leitores, só soube que o meu homenageado se chamava José, quando o entrevistei. O meu herói integra a nobre e respeitada família Filippin, que se instalaram em Penápolis através do saudoso casal Josué Filippin e Justina Fayon Filippin, vindos da cidade de Sales de Oliveira/SP por volta do ano de 1912. Filho de Angelo Filippin e de Marcelina Drigo Filippin e neto do senhor Josué e da senhora Justina, nosso ídolo nasceu em Penápolis no dia 07 de julho de 1939. Em 19 de julho de 1969, casou-se com Inês Altimari. Foi entregador de jornal, auxiliar de tipógrafo, empregado da indústria Incopa, bancário e, finalmente, pintor residencial. Atualmente aposentado, com sua esposa Inês, a meu ver a mais importante funcionária que a Livraria Penapolense teve, curtem os maravilhosos presentes que Deus lhes enviou, que são os netos Mateus e Marcela, filhos da Célia Regina, sua única filha, casada com Rogério Soares. Iniciou carreira esportiva com 12 anos, jogando na ponta esquerda da equipe Forinho, dirigida pelo nosso querido Gin. Certa vez num jogo dos tipógrafos contra os padeiros, na falta do goleiro, teve que assumir a mais visada posição. Deu tão certo que aos 18 anos iniciou a carreira profissional como goleiro do CAP, onde ficou até 26 anos. Revela que quando o Pantera da Noroeste não está numa boa fase e perde jogos importantes, não consegue dormir tranqüilamente. Estando em Penápolis no dia 07 de março, tive o prazer de, ao lado do Cuca e do seu irmão Dirceu Filippin, torcer para o CAP. Eles nem piscavam e comemoravam, com muita alegria, os lances importantes.      
Nos oito anos que jogou pelo CAP, Cuca disputou importantes campeonatos oficiais. Jogou contra o Linense, hoje no futebol de elite, o Araçatuba, o Guararapes, o Bandeirantes de Birigui, o Nevense, Fernandópolis, Santa Fé do Sul, Jalense e outras importantes equipes. Jogou amistosos contra o Noroeste de Bauru, Olaria do Rio de Janeiro, misto do Santos, América de Rio Preto, que na época integrava o futebol de elite, e tinha o famoso Fogueira, cujo nome é Wanderley Nonato, e se destacou  na Ferroviária, no Corinthians e na Portuguesa no início da década de 1970. Na partida contra o CAP, o América de Rio Preto tinha no gol o famoso Reinaldo Barreto, conhecido como Reis, nascido na Vila Maria, em São Paulo, aonde mora e está aposentado. Imaginem o nosso humilde Cuca jogando contra essas feras. O Reis no gol do América e o Cuca no gol do CAP. Era muito especial e respeitado pela torcida, que não tinha coragem de chama-lo de “frangueiro”, mesmo quando engolia o penoso. Nos jogos, a título de brincadeira, uma parte da torcia fazia coro, gritando: “Tira o Cuca!”. A outra respondia contestando: “Deixa o Cuca ai!”. De uma coisa a gente tinha certeza. Assim como o Nena, sendo prata da casa, jogava com muito amor no time. Teve o privilégio de integrar a equipe formada pelos melhores craques que o CAP teve na década de 60. A foto que ilustra este artigo comprova o que estou afirmando. Graças a Deus e Jesus Cristo, temos o privilégio de ter o Cuca em nosso meio, com muita saúde e feliz ao lado da sua linda família. (Por Walter Miranda)
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