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15/08/2010

Matando saudades... Expedito Cardoso, o nosso Agostinho dos Santos

Detalhes Notícia

A saudosa historiadora Gláucia Maria Muçouçah, inteligente, humilde e sensível às questões sociais, em vida, pediu-me ajuda para ajudá-la a escrever um, ou dois, capítulos falando dos penapolenses que, pertencendo a famílias mais humildes, haviam sido esquecidos pelos historiadores e políticos, com destaque para os integrantes da Comunidade Negra. Surpreendentemente, Deus a chamou mais cedo e sonho foi, por enquanto, interrompido. Talvez muitos penapolenses não saibam, mas a maioria dos integrantes da Comunidade Negra Penapolense nos anos 40 a 70, sofria discriminações, conseqüência da realidade social e política no mundo. Raramente se via, e ainda se vê, negros ocupando cargos relevantes em Penápolis. Hoje vemos a Casa Branca ocupada por uma família negra, mas em 1968 Martin Luther King foi assassinado, justamente por lutar pelo fim da segregação racial nos Estados Unidos. Sendo negro, convivi com diversos fatos históricos referentes a discriminações veladas praticadas por penapolenses culturalmente ignorantes. Minha saudosa avó Norberta Rodrigues, e eu, fomos vitimas de preconceitos e até racismo. Nesta realidade social enalteço o maravilhoso ser humano Expedito Pedroso, popularmente conhecido como “Sete”. Expedido é filho de João Pedroso e Maria Pedroso e casado com Maria de Lourdes Pedroso. O casal, muito bonito, é destaque nas pistas de dança do Clube Social da Associação Penapolense de Aposentados e Pensionistas, entre outros. Uma amiga me informou que o casal dança com elegância, muito ritmo e coreografia, provocando inveja a muitos dançarinos. Expedito nasceu na cidade de Bauru, no dia 07 de julho de 1933. Com um ano e meio de idade, mudou-se para Avanhandava. No ano de 1943, com 10 anos, mudou-se para Penápolis aonde se encontra até hoje. São 77 anos de vida saudável, graças ao comportamento alimentar numa vida sem vícios. Jogou no CAP aonde foi ponta direita, razão pela qual ganhou o apelido. Com baixa estatura e dribles rápidos, dificilmente era acompanhado e interceptado pelos laterais esquerdos. Lembro-me que ele corria muito. Na foto que ilustra este artigo, entre os agachados, Sete é o segundo da direita para a esquerda. Cantor de primeira linha, afinadíssimo, de voz aveludada como Agostinho dos Santos, foi “crooner” de várias orquestras penapolenses. Nos anos 50 e 60 era, com certeza, o melhor intérprete regional das músicas do saudoso Agostinho dos Santos, consideradas as mais difíceis de serem interpretadas. Quem é músico entende o que estou falando. Dentre elas destaco: Dindi, Balada de um homem sem Deus, A Felicidade, Manhã de Carnaval e outras, gravadas por Agostinho dos Santos. Sete Adorava interpretar a música Balada Triste, também gravada pelo Agostinho e, recentemente, por Ney Matogrosso. Na foto se vê o “Sete” ao microfone, identificado pelo paletó branco e gravata borboleta preta, cantando na Orquestra Acadêmicos de Penápolis.  Esta orquestra fez muito sucesso tocando bailes em diversas cidades do interior do Estado. Certa vez ela foi contratada para abrilhantar o baile de encerramento dos Jogos Abertos do Interior, na cidade de Marília. Agostinho dos Santos, no auge da fama, foi atração especial, oportunidade em que fez parceria com o Sete cantando uma música. Este fato, por si só, demonstra o quando o nosso querido Expedito Cardoso era, e ainda é, um ótimo cantor. O nosso homenageado se emociona quando fala do seu principal parceiro musical, o nosso saudoso e querido José Bites Vilas Boas, saxofonista de primeira, popularmente conhecido como “Juca do Correio”. Com ele o Sete cantou diversos bailes carnavalescos, sendo 21 somente em Glicério. Que Deus abençoe o Expedito Cardoso (Sete), dando-lhe saúde para conviver conosco por muitos anos.

Walter Miranda, Graduado e pós-graduado em Ciências Contábeis pela PUC/SP e em Gestão Pública pela UNESP/Araraquara

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