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29/03/2009

Matando saudades...

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ALFEU, O VERDADEIRO CRAQUE!

“Um homem que possui uma grande riqueza interior, é capaz de grandes e de múltiplas realizações” – Adam Smith
      
Nas histórias dos muitos jogadores do nosso querido Pantera da Noroeste, alguns merecem serem chamados de craques. É craque quem, a meu ver, além de ter sido bom de bola, tem caráter, se comporta como cidadão e pai de família exemplar, não fuma, não bebe e tem Deus e Jesus Cristo no coração. Essa qualidade não se adquire com a quantidade de aniversários celebrados, mas com as manifestações desses comportamentos todos os dias. O Kaká é este craque dentro fora do campo.   
No dia 29 de março de 1937, na cidade mineira de Santa Rita de Cássia, nascia o craque Alfeu Garcia, um dos cinco filhos do casal Anfilóquio Batista Garcia e Maria Rita Garcia. Hoje, portanto, está completando 72 anos. Em 1947 mudou-se para Penápolis. No dia 24 de dezembro de 1959 casou-se com a saudosa D. Vera Tomasini Garcia, falecida no dia 23 de outubro de 2008. Desta maravilhosa união de quase 50 anos, nasceu Márcia Cristina Garcia, funcionária da Caixa Econômica Federal em Sorocaba, que lhe deu os lindos netos Heloisa e João Antonio.
Poucos imaginavam que o humilde mineirinho seria um dos atletas mais admirados e queridos pelos torcedores do Clube Atlético Penapolense no período de 1957 a 1970. Nos anos de 1954 e 1955 foi campeão amador jogando pelas equipes do DER e o então querido Forinho, dirigido pelo Gim. Em 1957 iniciou a carreira profissional jogando no CAP, encerrada no ano de 1970. Foram 13 anos vestindo a camisa do Pantera da Noroeste e proporcionando muitas alegrias aos torcedores nos anos 60. Alfeu conta que nas épocas duras do CAP, sem grana para o almoço, os jogadores comiam pão com mortadela jogavam e colhiam vitórias. 
Em 1959, jogando pelo CAP, Alfeu foi supercampeão disputando o famoso campeonato noroestinho. A decisão foi contra o PEC-Promissão Esporte Clube no campo do Bandeirante de Birigui, com casa cheia. O CAP ganhou por 4 a 3, com o gol da vitória marcado pelo nosso craque, homenageado como sendo o jogador mais disciplinado do campeonato. O supercampeonato tinha este nome porque envolveu muitos times desde a cidade de Lins até Três Lagoas no Mato Grosso. Este título alavancou a brilhante carreira do nosso exemplar atleta, que jogou com e contra importantes times e famosos jogadores, inclusive das divisões especiais no Estado de São Paulo.
Intermediado pelo saudoso Carlito Peters, outro craque não relembrado com dignidade no centenário, no ano de 1959 Alfeu foi convidado para jogar na Portuguesa Santista, na época time da divisão especial. Carlito era quarto zagueiro do time. Alfeu teria que viajar pela Aviação Real, que pousava e decolava de Penápolis. No dia, ficou com medo, não viajou e, portanto, não compareceu para o treino e possível contratação. Jogou dois meses no América de Rio Preto, na época integrante da divisão especial, mas não firmou contrato porque as condições oferecidas não lhes interessaram.
Questionado sobre o seu melhor parceiro no futebol, responde sem vacilar que é o Chiquinho, também ex-craque do CAP, com quem jogou nos anos de 1962 a 1970. Alfeu e Chiquinho são compadres porque batizou o então “garoto” Clayton, hoje com 47 anos. Se a dupla for reconduzia ao time do CAP hoje, com certeza ainda da trabalho para a meninada. Para Alfeu os melhores times na história do CAP foram os de 1962 e 1965. Jogavam Nena, Orlando, Cuca, Chiquinho, Sabiá, Heitor, Garcia, Alfeu, Carlos (ex-policial), Enio, Beto, Gaiola, Paulinho preto, Claércio, Eduardo, João Davi, Geraldino, Patito e Kermes. O treinador era o nosso saudoso Carlito Peters. Alfeu tem um rico acervo de preciosas peças envolvendo a história do Pantera da Noroeste, tais como fotos, troféus, jornais, medalhas e outras e outras peças. Além do CAP Alfeu é torcedor do São Paulo.
É ótimo levar ao conhecimento dos leitores do Diário de Penápolis parte da história do nosso querido Alfeu Garcia que, graças a Deus, continua saudável e ainda jogando futebol com amigos veteranos em importantes cidades no estado e fora dele. Penso que Alfeu, e outros craques acima citados, não foram dignamente homenageados no centenário da nossa querida Princesa da Noroeste. A história da cidade não é verdadeira sem os depoimentos desses penapolenses. Afirmo, sem medo de errar que o nosso querido Alfeu é um verdadeiro craque. Parabéns, meu amigo, pelo seu aniversário! Que Deus proteja você e toda a sua família!

* Walter Miranda, Mestre em Contabilidade pela PUC/SP e Gestão Pública pela UNESP/Araraquara

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