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ESPORTES

29/12/2007

Futsal: Falcão quer encerrar carreira em 2.014

Detalhes Notícia

Consagrado como um dos maiores jogadores de futsal de todos os tempos, Alessandro Rosa Vieira, o Falcão, concedeu entrevista coletiva à imprensa penapolense ontem, 28, momentos antes da partida beneficente em prol do SOS (Serviço de Obras Sociais) realizada no ginásio municipal de esportes Antonio Castilho Braga. Bem humorado, Falcão falou por quase 30 minutos, quando relembrou o início de sua vitoriosa carreira e comentou até a polêmica com o técnico Leão, que insistia em não escala-lo no time do São Paulo, em 2.005. Confira os principais trechos da entrevista:

 

Diário: O que leva ídolos do esporte a participarem de eventos de cunho social, como este que acontece em Penápolis?

Falcão: Faço o possível para estar em jogos beneficentes, pois sei o quanto uma ação desta pode ajudar pessoas. É mais um dia de ajuda e quando a gente faz coisas boas sempre é retribuído em dobro.

 

Diário: O futebol de salão é o esporte que mais praticantes tem em todo o mundo. O que falta para a modalidade fazer parte de uma Olimpíada e ao mesmo tempo ganhar o mesmo destaque que o futebol e o vôlei têm na mídia?

Falcão: A culpa é do próprio esporte, já que você vê o Brasil e a Espanha que são as principais forças do mundo e que até o ano passado jogavam com regras diferentes. Agora com a unificação de regras, o futebol de salão tem tudo para crescer.

 

Diário: Hoje você está com 30 anos. Até que idade o jogador consegue render o suficiente para continuar numa equipe de ponta, já que o desgaste durante uma partida é muito grande?

Falcão: No futebol de salão você tem a vantagem de sair durante a partida para descansar, por isso, acho que jogadores de alto nível se mantém bem até os 34 anos. No meu caso, sou um jogador que não bebo, não fumo, não saio a noite e levo uma vida bem regrada. É necessário ter esse auto-controle pois a cobrança é grande, principalmente em cima de jogadores diferenciados. O jogador médio joga até um tempo maior, já que ele não é tão cobrado. Acabei de renovar contrato com o Jaraguá até 2.012. Minha intenção é jogar até 2.014.

 

Diário: As constantes alterações das regras tornaram o futebol de salão mais dinâmico e atraente?

Falcão: Depende do treinador. Eu mesmo, às vezes, não consigo assistir jogos da Liga Nacional, já que muitos times focam muito a marcação. Acho que o jogo tem que ser mais abusado. Ficar jogando atrás para perder de pouco ou tentar o contra-ataque é besteira. Você tem que correr riscos sempre e meu time (Jaraguá) tem feito a diferença por causa disso.

 

Diário: Você já teve uma passagem pelo futebol de campo. É mais fácil jogar futebol de salão ou campo?

Falcão: No Brasil o pessoal prefere mais o futebol de campo, mas, para mim o ideal é que o jovem pratique o futsal dos 7 aos 12 anos, jogue os dois dos 12 aos 15 anos e depois faz a opção. Os dois são difíceis e ao mesmo tempo fáceis, depende do crescimento dentro de cada modalidade

 

Diário: No futebol de campo privilegia-se muito a força física e a técnica muitas vezes é deixada de lado. No futebol de salão você acredita que acontece o contrário, primeiro a técnica e depois a força?

Falcão: Os dois estilos têm espaço tanto no campo como no futsal. O importante é optar por uma modalidade e buscar se realizar nela. 

 

Diário: Cria-se toda uma polêmica quando um jogador com mais recursos técnicos é o autor de jogadas de efeito. Dizem até que trata-se de desrespeito ao adversário. Qual a sua opinião sobre isso?

Falcão: Todo mundo que vai aos estádios ou ginásios quer ver lances bonitos. Eu já sofri muito em função das jogadas que faço, mas hoje todo mundo sabe que eu jogo assim, que é meu estilo de jogo, e não adianta que eu não vou mudar. Não adianta me ameaçar, falar que vai bater, pois isso me dá mais vontade de jogar. Eu aprendi a juntar meu estilo bonito com gols. Tanto no futebol de salão como no futebol de campo, a jogada bonita tem que prevalecer sempre.

 

Diário: Você esteve no São Paulo em 2.005 e acabou não tendo muitas oportunidades no time principal, apesar da cobrança da torcida e da imprensa. Por que o técnico Leão foi tão insensível com você?

Falcão: Acho que justamente pela cobrança que a torcida e a imprensa faziam o Leão não me escalava. Quem conhece o Leão sabe que ele sempre vai contra todos. Teve uma hora que isso me saturou e ao receber uma proposta irrecusável voltei para a quadra, mas, o São Paulo tem um respeito muito grande por mim, tanto que faço a recuperação de qualquer contusão no Refins do clube. Antes santista, hoje virei são-paulino graças a minha passagem por lá. Tenho a convicção de que estava no lugar certo, mas, com a pessoa errada.

 

Diário: A decepção que você teve no São Paulo o fez desistir definitivamente do futebol de campo?

Falcão: Sim, mesmo porque nenhuma equipe do futebol de campo vai me dar a estrutura que eu tenho no Jaguará.

 

Diário: Para quem busca seguir a carreira de jogador de futebol de salão, qual o conselho que você deixa?

Falcão: Se divirtam, futebol é diversão. Não adianta fazer as coisas na rua e chegar na quadra na quadra. Eles têm que esquecer que tem público no ginásio e desenvolver seu melhor futebol. Independente de qualquer coisa é importante destacar também que nem todos serão atletas. O meu advogado, por exemplo, jogou comigo nas categorias de base, mas preferiu seguir outro caminho. O importante é ter disciplina, humildade e coragem para que lá na frente você seja recompensado de alguma maneira.

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