Classificados

VÍDEOS

Penápolis no programa Cidade contra Cidade do SBT em 1989
Residência pega fogo em Penápolis

CLIMA

Tempo Penápolis

fale com o DIÁRIO

Fone Atendimento ao assinante & comercial:
+55 (18) 3652.4593
Endereço Redação e Comercial: Rua Altino Vaz de Mello, 526 - Centro - CEP 16300-035 - Penápolis SP - Brasil
Email Redação: redacao@diariodepenapolis.com.br
Assuntos gerais: info@diariodepenapolis.com.br

ESPORTES

02/10/2015

Estádio Tenentão completa 87 anos

Reprodução
Detalhes Notícia
Nelsinho tem uma paixão muito forte pelo Tenentão

Ontem, 1, o estádio municipal Tenente Carriço, apelidado de Tenentão, completou 87 anos. O estádio é a casa do Penapolense no Campeonato Paulista e tem capacidade para 10.000 pessoas. O Tenentão foi inaugurado no dia 1 outubro de 1928 com o confronto entre o Penápolis FC e o Corinthians de Penápolis, que terminou com a vitória do primeiro por 1 a 0. Seu público recorde foi de 10.066 pessoas, na partida entre Penapolense e Palmeiras, no dia 22 de fevereiro de 2015, na qual o time mandante foi derrotado por 2 a 0. Além do futebol, o estádio do Penapolense tem por trás a história de uma família. Aristides de Souza Pinto foi convidado pela Prefeitura de Penápolis para ser zelador do Tenentão no dia 12 de fevereiro de 1954 e trabalhou e morou no estádio por 19 anos, até seu falecimento, em 1973. Durante todo esse período, o torcedor fanático levou sua esposa e seu cinco filhos juntos. O caçula Nelson de Souza Pinto, contou um pouco sobre essa história. “Contratado pela Prefeitura em 1954, ele era zelador do estádio e zelava pelo gramado, pela manutenção do estabelecimento”, iniciou. Nelson contou como seu pai foi morar no estádio e falou um pouco sobre sua história própria. “Quando ele foi contratado, praticamente teve a responsabilidade de fixar residência lá. Levou a família, a esposa e os cinco filhos. Nasci em 1956 e morei lá até o falecimento dele em 1973, quando fui contratado como zelador, e fiquei até 1982. Hoje ainda trabalho na Prefeitura, mas fui promovido para outras seções”, disse o filho de Aristides, que trabalha no setor financeiro da Prefeitura de Penápolis. Herdeiro do amor paterno pelo Penapolense, Nelson contou que seu pai tinha ciúmes e amor pela arena. “Era uma coisa tipo amor próprio. Meu pai era muito ciumento e zeloso pelo estádio. Cuidava muito bem de lá. Como passei minha infância toda lá, o estádio tem um significado muito grande na minha vida. Sou um dos torcedores do Penapolense, acompanho todos os jogos e, além disso, presto serviço voluntário como gandula. Estou com 42 anos de Prefeitura, vou fazer 58 anos de idade e continuo acompanhando de perto o estádio até hoje”, afirmou. Com uma relação próxima ao estádio desde que nasceu, Nelson viveu algumas histórias peculiares dentro do Tenentão. “O Penapolense tinha um goleiro, conhecido como Mão de Onça, não me lembro o nome dele agora. Mas eu era zelador naquele tempo e ele costumava jogar sal na escada do vestiário visitante. Quando eu ia varrer, o Mão de Onça achava ruim, pois dizia que era para dar azar ao time visitante”, compartilhou. Além da superstição do ex- goleiro do Penapolense, há outro personagem nesses 87 anos de história do estádio Tenente Carriço. “Até hoje quando vou no estádio a noite, a gente acha que tem um alma de um ex morador de rua que morou lá por uma época, o Jajá. Meu pai acolheu ele por um tempo, e ele morreu lá. Aí a gente brinca que a alma dele ainda está no Tenentão. O pessoal da época fala que às vezes ele perturba quem está lá dentro”, contou Nelson, que começou como zelador do estádio quando tinha 15 anos de idade. Aristides conseguiu transferir o amor que tinha pelo clube para o seu filho, que falou sobre o momento mais feliz que teve como torcedor do Penapolense e admitiu seu sonho. “O momento que mais ficou marcado pra mim foi a ascensão do clube pra Série A-1 do Campeonato Paulista. O meu sonho é ver o Penapolense ganhar do Corinthians. Já falei pro Nilso (presidente do Penapolense) pra subir para a A-1 de novo para vencermos o Corinthians”, revelou. No dia 16 de fevereiro de 2014, o Penapolense aplicou uma goleada de 4 a 1 no Santos, no Tenentão. Nelson classificou a vitória como um dos momentos mais importantes da vida dele. “Fui em todos os jogos no estadual, um dia até briguei com a minha mulher, disse que não ia dormir em casa pra dormir no estádio e ela não deixou. Sou fanático. Uma das maiores alegrias da minha vida foi o dia que o Penapolense venceu do Santos aqui por 4 a 1, foi muito bom ver meu time vencer uma equipe grande como o Santos”, concluiu.

VEJA TODAS AS NOTÍCIAS>

© Copyright 2024 - A.L. DE ALMEIDA EDITORA O JORNAL. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do material contido nesse site.

Política de Privacidade