Em cacos, vizinhos de CT se abraçam em crises semelhantes

Dois dos grandes clubes do futebol brasileiro foram alvos de tensão em virtude de sua própria falta de competência na temporada 2011. Palmeiras e São Paulo tiveram o mesmo destino: caíram nas semifinais do Campeonato Paulista e nas quartas de final da Copa do Brasil, amargando um período de turbulência. "Não tem jeito, time grande é tudo igual quando é eliminado de um torneio, vem a reação da torcida. Quando você está em uma equipe de tradição, a cobrança é muito maior", opina o volante Chico. Desde 2008, o São Paulo vem sofrendo uma reviravolta na relação com a torcida. Anteriormente, o clube estava ileso de críticas pela sequência de títulos nacionais e internacionais da década passada. "O momento é ruim. A equipe, como um todo, não correspondeu, não há questionamento sobre isso, e precisamos reagir. Foi mais uma derrota em que o time precisava reagir fortemente e não conseguiu. Não foi diferente no Paulista", lamentou o presidente Juvenal Juvêncio, classificado o fracasso na Copa do Brasil como imperdoável. No Palmeiras, as críticas sobre o time são fortes pela quantidade reduzida de títulos nos últimos dez anos. Ídolo no clube, o goleiro Marcos sabe que será difícil ter paz no Palestra Itália pelo menos até a conquista de uma taça. "Infelizmente futebol é assim, o time pode resgatar a confiança, mas vai durar apenas até o próximo jogo. De favorito em um dia, você não presta no outro", constata. A partir de agora, os vizinhos de Centro de Treinamento estarão em xeque. São Paulo e Palmeiras terão duas oportunidades para dar resposta em campo, na disputa do Campeonato Brasileiro e da Copa Sul-americana. Novos fracassos podem causar ainda mais estragos. Palmeiras e São Paulo consideram que sofreram humilhações ao cair na Copa do Brasil contra adversários de menor tradição. O Verdão levou 6 a 0 do Coritiba, o pior placar sofrido pelo técnico Luiz Felipe Scolari no Palestra Itália. O São Paulo venceu o Avaí no jogo de ida e abriu o placar em Florianópolis ne quinta-feira. Mas, de forma inexplicável, sofreu três gols na capital catarinense e amargou a eliminação.