Com três volantes, Dunga nega Brasil defensivo

O técnico Dunga fez questão de refutar, em entrevista coletiva concedida ontem, que coloque a seleção brasileira para jogar de forma muito defensiva. Essa situação veio a público depois de o treinador ter colocado três volantes em campo no segundo tempo da partida contra o Chile, pela segunda rodada da Copa América. “Para você ver como o futebol é engraçado, quando jogamos com três volantes, conseguimos fazer os dois gols. Observando os fatos, a melhor produtividade foi neste momento”, explicou o treinador sobre ter em campo Gilberto Silva, Mineiro e Josué, que entrou no lugar de Elano. A armação ficou por contar de Júlio Baptista. “O Mineiro ajuda ofensivamente com muita facilidade. Não é só um jogador de marcação, apareceu umas dez vezes na ponta. O Josué começou a jogada do último gol do Robinho. Desses jogadores, só mesmo o Gilberto Silva que fica mais fixo”, disse o treinador brasileiro, que não adiantou o time que enfrenta o Equador. “Só vou anunciar o time no estádio.”

Dunga ainda fez questão de dizer que não ficou insatisfeito com o desempenho de Diego e Anderson nos dois primeiros jogos do Brasil. “O Anderson e o Diego cumpriram bem o papel tático quando estiveram em campo. O Diego conseguiu fazer o gol, que foi anulado (no jogo contra o México). Depois as coisas foram se complicando, e aí tivemos que mudar para ter outra dinâmica.”

Sobre a possibilidade de pegar a Argentina apenas na final, caso o Brasil se classifique em segundo do grupo, Dunga negou que esse caminho seja mais fácil. “Eu acho que não tem facilidade nenhuma. Numa competição como essa não tem como escolher adversário. E tem outra coisa: o regulamento foi feito há bastante tempo e ninguém reclamou. Mas agora, que a competição está em andamento, já tem gente criticando.” “Não podemos dizer que esse regulamento é ridículo. Vocês (jornalistas) gostam de falar coisas depois que já aconteceram. Se fosse para ter mudado alguma coisa ou não concordado teria de ser dito há tempos”, concluiu o treinador brasileiro.