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30/06/2019

CANTINHO DA SAUDADE

Imagem/Arquivo Pessoal
Detalhes Notícia
A foto mostra parte da equipe se refrescando em um riacho esperando a hora do jogo em Ribas do Rio Pardo

Memórias do Carboni: Cirssão

Ele se chamava Antonio Cicero Ferreira, mas por este nome poucos o conheciam, além da sua mãe. Porém, se referissem a ele como Cirssão, Ceará ou Chicão, possivelmente seria logo reconhecido. Fez parte da primeira viagem que fizemos até Aparecida do Norte de bicicleta, juntamente com seus primos Cassinho e Bijú, em 1974. Naquela época ele morava com parentes em Penápolis, enquanto sua mãe e o padrasto moravam na cidade de Cafelândia. E foi por sugestão de meus companheiros que resolvemos fazer nossa primeira parada justamente na casa dos pais do Cirssão, que era como o chamávamos. Domingo a tarde, bem cansados, pois o trajeto foi todo em estrada de terra, chegamos a casa e fomos bem recebidos pela mãe do Cirssão, apenas o padrasto é que ficou de “olho torto” comigo. Seu nome era Aparecido e ele dizia não concordar que eu levasse seu filho em uma aventura, pois ele era menor de idade. Resmungou de um lado, resmungou de outro, mas no fim passamos a noite lá. Naquela época nós não nos conhecíamos e talvez tenha sido isto a causa do seu mau humor, só que pouco tempo depois eles se mudaram para Penápolis e nos tornamos amigos. O Cirssão jogou na equipe do Fátima e fez parte do inesquecível jogo que fizemos na cidade de Ribas do Rio Pardo, no estado de Mato Grosso do Sul, ocasião em que viajamos de trem. Também participou de muitas pescarias e acampamentos. Aprendeu sozinho a tocar violão e fez parte de uma dupla sertaneja com seu irmão Milton, com o nome de Jasó e Jasózinho, cantando em variados eventos. Seu padrasto ganhou um lote de terra no Assentamento Agrícola de Avanhandava, onde passou um tempo com seus irmãos e primos. Voltando a cidade fazia um pouco de tudo, desde pedreiro, carpinteiro, mecânico de carro e bicicleta, pescador e rolista. Sentiu saudade da vida rural e se inscreveu para participar de um acampamento do Movimento Sem Terra aqui em Penápolis, e foi dentro de uma barraca que a morte o visitou na noite de sábado para domingo, dia 16 de junho último. Estava sozinho e quando um dos coordenadores foi chamá-lo, encontrou-o morto, deitado de lado, como que dormindo. Provavelmente foi vítima de um fulminante infarto, talvez ocorrido há algumas horas antes devido a rigidez cadavérica. Foi sepultado na segunda-feira, na Necrópole Santa Cruz. Cirssão tinha 61 anos.

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