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29/07/2018

CANTINHO DA SAUDADE

Imagem/Arquivo Pessoal
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Memórias do Carboni: Sonho de uma noite de verão

Numa destas noites quentes de verão, eu estava em minha casa assistindo televisão quando foi anunciada uma notícia em caráter extraordinário, momento em que é interrompida qualquer programação normal para dar lugar à citada notícia. Fiquei sabendo então que a Agência Espacial Americana (Nasa), tinha planos para se expandir e estava procurando um lugar adequado para montar uma base de treinamento para seus astronautas. Depois de muita procura, principalmente através da internet, Google Maps e recebido centenas de vídeos e fotos do mundo todo, os executivos na Nasa se interessaram por Penápolis, acreditando que aqui seria um bom lugar para esse empreendimento. Para uma confirmação “in loco”, a agência mandou nada mais nada menos que o famoso astronauta Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar o solo lunar e naquele mesmo momento, ele estava dando uma entrevista às rádios, jornais e emissoras de televisão. Havia também um grande público que compareceu para conhecer tão importante figura, e, eu fiquei curioso para também participar daquele momento histórico e dentro de poucos minutos lá estava eu no meio da multidão. A maioria batia palmas, mas também havia algumas pessoas céticas que não acreditavam que o homem tinha conseguido pousar na lua. Na cabeça deles isso nunca ia acontecer, pois Deus já tinha dado a Terra para o ser humano morar e não era preciso e muito menos possível ficar fuçando o Universo a procura de outra casa. Engraçado que estas mesmas pessoas ainda acreditam na Arca de Noé, que provavelmente não passa de uma lenda bíblica, mas não acreditam numa viagem espacial que foi documentada pelo mundo todo. Durante a entrevista, o americano declarou que quando deu algumas voltas pelas ruas da cidade, ele quase chorou ao ver a quantidade de buracos, buracões e crateras ao seu redor, e, emocionado se lembrou daquele distante ano de 1969, quando ele, já em solo lunar, abriu a porta do módulo espacial que o levara e vira exatamente o que estava vendo aqui, aquele aglomerado de buracos de todos os tamanhos e formas. Ainda afirmou que o astronauta que treinasse em tal terreno teria condições de caminhar não só na Lua como em qualquer outro planeta ou corpos celestes. Que notícia boa. A cidade ia ser conhecida mundialmente e além de receber alto investimento americano com centenas de empregos, ainda haveria o grande fluxo de turistas de toda parte. É incrível como uma situação que é a causa de reclamação dos moradores locais pode se transformar de repente em uma fonte geradora de dinheiro e motivo de orgulho da população. Ao fim da entrevista, o ex-astronauta dispôs-se a dar autógrafos e houve uma grande correria em direção a ele e eu fui também. Houve muito empurra-empurra, cabeçada, barrigada e canelada com todo mundo gritando “Neil, Neil”. Eu levei uma espécie de cotovelada nas costelas e antes que pudesse reclamar levei um chacoalhão e dando um pulo para cima consegui identificar meu “agressor”. Era minha esposa me acordando para levantar do sofá e ir deitar na cama. Fiquei sentado e ainda falando “Neil, Neil”, e após levar outro chacoalhão foi que me dei conta que tudo não passou de um sonho. O ex-astronauta Neil Armstrong já morreu há vários anos e a Nasa nem sabe onde fica Penápolis ou se pelo menos ela existe. Amanheceu o dia e eu fui trabalhar ainda lembrando do sonho. Sonho? Não totalmente e sim um sonho parcial, porque nas ruas os buracos, buraquinhos e buracões, estavam lá, totalmente reais e podiam ser vistos em toda sua plenitude.

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