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28/01/2018

CANTINHO DA SAUDADE

Imagem/Arquivo Pessoal
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Memórias do Carboni: Duas historinhas simples

No artigo de hoje vou contar duas historinhas simples, quase singelas, mas nos dias em que elas aconteceram foram bem comentadas pelo pessoal. O primeiro fato aconteceu com o Frajola e o segundo com o Canela. Num domingo de novembro de 1976, nosso pessoal estava sentado em frente ao bar do Romualdo esperando a hora de sairmos com destino ao Matão. Quando eu cheguei junto com o caminhão, o Frajola se aproximou de mim e disse que não tinha condições de ir jogar. Ele estava com as mãos sobre os olhos vermelhos, como que chorando. Eu perguntei o que havia acontecido e fiquei esperando uma má notícia. Mas, felizmente, nada de mal acontecera e na verdade o caso era bem simples. Aconteceu que o Frajola foi enxotar um sapo para fora de seu quintal e ao cutucá-lo com um pedaço de pau, o animal deu-lhe uma esguichada de xixi, atingindo-o bem nos olhos. Como se sabe, a urina de sapo é uma forma de defesa dele e é um líquido que em contato com os olhos queima um bocado, deixando-os vermelhos, irritadiços e lacrimosos. Seguindo meus conselhos, o Frajola conseguiu um pouco de gelo na casa do Bijú e colocou sobre os olhos. Daí há poucos minutos, o gelo fez efeito dando um grande alívio ao nosso colega e logo sua visão voltou ao normal e ele pode ir com a equipe jogar lá no bairro do Matão. O Frajola deve ter aprendido a lição de não mexer com quem está quieto, ainda mais perturbar um animal tão útil ao homem. O caso do Canela aconteceu lá no Centro Rural. Na hora de escalar a equipe aspirante notamos que não tínhamos goleiro. Conversa vai, conversa vem, o Canela se dispôs a ocupar a posição. Apesar de nos bons tempos a posição do Canela ser na linha de ataque, ele tinha lá suas manhas no gol, adquirida em algumas vezes em que ele fora  solicitado para quebrar o galho. Só que naqueles idos tempos ele estava em forma, era magro e ágil e agora já meio gordinho e sem jogar há um bom tempo, a parada seria dura, mas ele aceitou o desafio e foi para o campo. O acontecimento principal do fato foi que o Canela tinha levado seu filho de três anos e o menino não queria de jeito nenhum ficar longe do pai. Ele entrava no campo, mas, sempre tinha alguém para pegá-lo, só que ele abria um bocão de choro e não queria sair. O Canela tinha então dupla preocupação de ficar com um olho no adversário e outro no menino. Quando a bola estava lá, no nosso ataque, ele pajeava o menino e até pegava no colo para acalmá-lo, e, em seguida largava no chão e corria para o gol, preocupado com as bolas altas ou rasteiras que cruzavam nossa área. Nosso time fez uma boa partida e empatamos por 2 a 2, após estarmos vencendo por 2 a 1. Ao final da partida, ainda recebendo os cumprimentos dos colegas, o Canela ainda botou banca ao dizer que seu filho dera mais trabalho à ele do que todo o time adversário. 

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