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26/08/2018

CANTINHO DA SAUDADE

Imagem/Arquivo Pessoal
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Memórias do Carboni: Maldade

Quando nasce uma criança, os amigos do casal, bem como os vizinhos e parentes fazem uma visita para conhecer o novo terráqueo. Todos querem pegar o rebento um pouquinho no colo e aí começa uma pantomima toda. É um tal de mostrar a língua, apertar as bochechinhas e ficar passando o dedo nos lábios da criança, fazendo bilú-bilú, que ela as vezes da um sorrisinho sem graça na esperança que o importuno se satisfaça e pare de perturbar e o pior é nem saber por onde aquele dedo andou. O mais grave ainda são os mais afoitos que fazem mais do que apenas beijar, promovendo um verdadeiro lambe-lambe, obrigando a mãe a usar constantemente a fralda para secar o rostinho da criança molhado da saliva. Inevitavelmente começa a comparação sobre quem o nenê mais se parece. O narizinho é da avó, diz um, e logo em seguida outro retruca que as orelhas são do tio. Aparece um mais puxa-saco, encara primeiro o bebê, depois encara o pai e lhe diz solene: “este você não pode negar que é seu filho, pois os dois tem a mesma cara. “Para não ficar atrás, outro colega já diz para o pai que ele é muito pão duro e ante a expressão dele completa: “botou a sua cara na criança”. Acontece, porém, que no meio dos visitantes sempre tem aquele espírito de porco que tenta tumultuar tão feliz acontecimento. São pessoas que não aceitam a felicidade do casal. Talvez um amor secreto, oculto por um dos dois. Ou até mesmo uma paixão mal resolvida, dor de cotovelo e aí começa os cochichos. Invariavelmente esses cochichos são feitos longe dos ouvidos dos pais, é claro, e versam sobre a aparência da criança. Aquele narizinho parece mais com o do colega de serviço, os olhos são iguais aos do sócio do pai da empresa e o cabelo parece o do vizinho. E por aí vão as comparações, não sabendo os fofoqueiros de plantão nada de genética. As crianças não precisam ser exatamente iguais aos pais para serem considerados seus filhos. As vezes trazem alguns traços de parentes de duas, três ou mais gerações passadas e com essas misturas de raças que está acontecendo, há negros de olhos verdes, louros de cabelo pixaim, e, dezenas de outras combinações. Num certo aspecto, as mulheres orientais, especialmente as japonesas, coreanas, chinesas, são mais felizes e podem dormir tranquilas, pois como diz o ditado “japonês é tudo igual, tudo a mesma coisa”. Por isso, lá naqueles países não há muito espaço para os tais fofoqueiros agirem. Lá não há como se fazer muitas comparações, tendo ou não as recém mamães “pulado a cerca”. 

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