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22/01/2017

CANTINHO DA SAUDADE

Imagem/Arquivo Pessoal
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Memórias do Carboni: POEIRA

Muitas vezes a televisão mostrou casos de pais que esqueceram seus filhos pequenos trancados nos carros e quando se lembraram, muitas horas depois, infelizmente já era tarde demais para encontrá-los com vida. No time do Fátima também aconteceu um fato parecido, só que não foi de uma criança esquecida em um carro e sim de um jogador dentro de um ônibus. A nossa equipe foi jogar fora da cidade e quando chegamos de volta ao nosso campo novo, já havia escurecido. Após o desembarque dos jogadores, o motorista levou o ônibus para a garagem e nem se deu ao trabalho de vistoriar o veículo para ver se não haviam deixado nada para traz. Naquele tempo tínhamos um jogador apelidado de “Poeira” que era um bom rapaz, bom jogador, trabalhador e bem visto por todos, mas, que gostava de tomar um porre aos finais de semana, principalmente após os jogos. Naquele domingo ele veio dormindo e ninguém notou que ele não descera do ônibus. Durante a semana ficamos sabendo que quando ele acordou já era de madrugada, ficou um pouco assustado ao ver-se trancando no ônibus e no escuro. Começou a fazer barulho para chamar a atenção do vigia, que abriu a porta do ônibus e o portão da empresa para ele sair. De outra feita, durante um jogo em nosso campo, ele dormiu em um dos vestiários e ninguém se dispôs a acordá-lo. Bem mais tarde ele acordou e não quis chamar o caseiro e quando tentou pular o portão, se enroscou nos quatro fios de arame farpado colocados sobre o portão e só a muito custo se livrou desse enrosco, contando ainda com a ajuda do caseiro que ouviu o barulho feito pelo nosso amigo e foi ver o que estava acontecendo. No dia seguinte podia-se ver um pedaço de pano da bermuda dele enroscado no arame e sinais de gotas de sangue no chão. Por incrível que pareça, ainda há outro fato inusitado do Poeira. Fomos jogar lá no campo de uma Agrovila, perto de Juritis, e, como de hábito, o Poeira jogou no aspirante e começou a tomar seus gols durante o jogo titular. Alguns moradores locais e conhecidos nossos de longa data vieram nos avisar que ele estava prestes a arrumar uma confusão e para evitar que isso acontecesse, nós o levamos até ao lado do campo, onde tinha vários bancos de madeira e dezenas de pés de eucaliptos. Sentamos ele em um dos bancos e amarramos suas mãos para traz em um eucalipto, usando uma camisa de goleiro. Ficou ali durante uma hora e como mostrou sinais de melhora, nós o soltamos. Hoje, passados já vários anos, ele não joga mais e, o que é melhor, fez um tratamento e não bebe mais.

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