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17/04/2016

CANTINHO DA SAUDADE

Imagem/Arquivo Família
Detalhes Notícia

Memórias do Carboni: O placar

Um dia surgiu a oportunidade de colocarmos um placar para a marcação da sequência de gols lá no campo da Fenapen. Um colega nosso, o Zagato, tinha uma serralheria e nos cedeu uma grande placa publicitária, que levamos para o campo no caminhão do meu irmão Canela. Para ganhar essa placa contei com a ajuda do jogador (na época) Galego. Para fixar o futuro placar no campo, ideamos utilizar alguns eucaliptos que havia em abundância ao redor. Para cortá-los pedimos a ajuda do bombeiro Felipe, que prontamente nos atendeu e com uma motoserra cortou quatro delas que escolhemos e achamos adequados para o nosso objetivo. Já com as toras cortadas no mesmo tamanho, tiramos as medidas do espaçamento correto e tratamos de abrir os buracos no chão, o que foi rapidamente feito com uma cavadeira. Para erguer os troncos e colocá-los nos buracos deu um pouco de trabalho, mas, afinal conseguimos aprumá-los e alinhá-los. Usando um trado emprestado fizemos dois furos em cada tronco para fixar com parafusos passantes, uma peça de ferro em forma de “L” com reforço de mão francesa, confeccionadas por um sobrinho meu, Rogério. Para colocar a placa sobre esses suportes foi preciso usar novamente o caminhão, pois a altura do chão desses suportes era de dois metros. Parafusamos a placa nos eucaliptos e para maior segurança fizemos alguns estirantes de arame. Metade do placar foi usado em propaganda e a outra metade como placar mesmo. Cortamos alguns pedaços de chapa de lata, colocamos números neles e para fixá-los no placar, cada um tinha um furo e no placar tinha um parafuso, onde essa placa era pendurada. Para pendurar a placa era preciso usar uma escadinha de madeira e quem se dispôs a fazer essa atividade todos os domingos foi o faz tudo Bijú. Certo domingo recebemos a visita da Aldeia Indígena de Icatu e o jogo do aspirante não saía do 0 a 0, apesar dos constantes ataques de nossa equipe. Fora do campo, o Bijú estava doido para movimentar o placar. De repente, houve um pênalti a nosso favor, para ser batido no gol de entrada do campo. O Bijú, mais que depressa, subiu a escadinha e pendurou a placa com o número 1, mas, por azar nosso, o pênalti foi batido para fora e o gol não saiu. O Bijú ainda estava encima da escada e quando ele viu que o gol não saiu, ele tirou a placa e resmungando alguma coisa, jogou-a ao chão. Desceu decepcionado e disse que não ia mais fazer aquele serviço. A cena não passou despercebida pela torcida que estava do outro lado do campo, que tirou um sarro nele. De fato ele não voltou a movimentar o placar, mas, foi só aquele domingo, pois já no próximo jogo lá estava ele outra vez, disposto a subir a escada novamente e agora mais preparado psicologicamente.

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