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15/07/2018

CANTINHO DA SAUDADE

Imagem/Arquivo Pessoal
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Memórias do Carboni: Sumiço de documentos

No início dos anos 70 resolvemos registrar a equipe do Fátima na Federação Paulista de Futebol, e, então começamos a organizar a papelada necessária no Escritório Buranelo, a época localizado na avenida Expedicionário Diogo Garcia Martins, cujo proprietário nos deu uma grande ajuda. Hoje, praticamente toda a documentação é enviada através de e-mail, sedex, wattzap, etc, mas naquele tempo não existia estes tipos de comunicação, então era preciso levar em mãos até a sede da Federação lá na capital paulista. Era muito difícil, já que as equipes tinham que arcar com as despesas de viagem, estadia e alimentação, além de possíveis taxas de inscrição. Por sorte tinha um rapaz que trabalhava como repórter do jornal “Diário da Noroeste”, de propriedade do senhor Irineu Sacochi daqui da cidade. Já tinha trabalhado também como locutor da Rádio Difusora. Diziam que ele ia muito à São Paulo e tinha bons relacionamentos dentro da Federação, e, por isso o procuramos para que quando ele fosse à São Paulo levasse nossos documentos, e, ele prontamente aceitou e pegou os papéis. O tempo passou sem notícias, até que um dia eu procurei-o na redação do jornal e ele me disse que os documentos já estavam entregues na Federação e que seria uma boa idéia eu comprar um litro de alguma bebida, de preferência vinho, para mandar como um agrado ao pessoal que tão bem o atendera. Mais que depressa me dirigi a um supermercado e comprei um vinho de preço médio, ou seja, nem caro e também não dos mais baratos e lhe entreguei. Mais uns dias se passaram e eis-me novamente na redação do jornal. A conversa não foi muito diferente da anterior, isto é, que o brinde fora entregue e que o pessoal agradecia. O tempo passou e o camarada sumiu. Durante um bom tempo eu não o vi e fiquei sabendo que se mudara para Birigui para trabalhar em uma rádio. Um dia fui visitar parentes em São Paulo e resolvi ir até a Federação para saber sobre o andamento de nossos documentos, tendo como acompanhante um sobrinho, morador de lá. Chegamos antes do almoço e ficamos sabendo que a entidade só abriria na parte da tarde, e, então ficamos esperando pelas redondezas até chegar a hora. Já no balcão de atendimento, tivemos a maior surpresa. Nossos documentos não haviam sido entregues e ninguém se lembrava do rapaz que supostamente teria levado os documentos. Comecei então a dar detalhes de seu tipo físico, como cabelo, estatura, etc.. Aqui em Penápolis ele era conhecido como Búffalo Bill, já que seu cabelo, bigode e cavanhaque eram muito parecidos com os daqueles militares americanos. Conforme eu ia avançando na descrição, os funcionários foram tendo suas mentes clareadas e eles foram se lembrando quem seria o homem. Junto com as lembranças veio a raiva. Ele não entregara os documentos e muito menos o vinho. E fez pior, pois da última vez que lá estivera, e já fazia um bom tempo, ele apresentou uma carteirinha identificando-se como representante de um deputado (não se lembravam do nome) e chegou até a levar emprestado dos funcionários uma quantia razoável de dinheiro com a promessa de devolver daí a poucos dias. Só que já fazia um certo tempo e nada e eles estavam doidos para por as mãos nele. De volta à Penápolis, combinei com meus irmãos e fomos até Birigui. Fomos primeiramente à Rádio Clube e fomos informados que deveríamos ir à Rádio Uirapuru, e, perguntando aqui e ali conseguimos chegar até a citada emissora e logo estávamos frente a frente com o cidadão. Perguntei dos documentos e ele respondeu que estavam na Federação. Aí eu soltei o verbo e contei tudo o que ouvira, inclusive do golpe que ele dera no pessoal e acrescentei que se ele não devolvesse os documentos, dali já iríamos direto para a delegacia. Parece que ele tremeu na base, pois no mesmo instante resolveu abrir o jogo e confessou que realmente os documentos nem haviam saído de Penápolis. Na verdade eles estavam guardados na redação do Diário da Noroeste e dali mesmo da rádio, ele telefonou ao Irineu Sacochi indicando o lugar onde procurar. De volta à Penápolis fomos direto ao jornal, onde o proprietário, após uma breve procura, localizou a pasta com os papéis e se mostrou surpreso da mesma estar ali guardada. Felizmente constatamos que tudo estava em ordem. A foto é de um torneio na cidade de Bilac.

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