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14/05/2017

CANTINHO DA SAUDADE

Imagem/Arquivo Pessoal
Detalhes Notícia
João Dorival Zanuto, mas conhecido pelo apelido de Dodo (em pé: 3º da esq.p/dir.)

Memórias do Carboni: DODO ZANUTO

Esta semana cumprimos o triste compromisso de velar e acompanhar o sepultamento de um colega de longa data. Seu nome era João Dorival Zanuto, mas era bem conhecido pelo apelido de Dodo. Jogou no time do Fátima por vários anos, mas a sua amizade com a turma não se resumia só nisto, indo bem mais além, tanto nas caminhadas pelas matas da região (in memoriam) como nos passeios na praça Dr Carlos Sampaio Filho, no saudoso Cine São Joaquim ou nos eventuais parques de diversão aos finais de semana. Falando em parque de diversões, uma noite fomos a um deles, instalado em frente ao Cemitério Municipal e o Dodo foi se divertir no chapéu mexicano, mas que naquela época era conhecido por dangue, que era um brinquedo rotatório de grande popularidade e muito procurado pelo público. Quem conhece esse aparelho sabe como é gostoso dar o famoso “balão” e foi numa dessas evoluções que duas correntes (eram 4) que sustentavam o assento se romperam e o Dodo caiu e felizmente, pelo tipo de queda, ele apenas quebrou um braço e caiu justamente em cima de uma mulher que possivelmente ajudou a amortecer a queda só que ela nada sofreu. O proprietário do parque pagou as despesas. Era muito comum irmos jogar de trem em Araçatuba, Lins e Promissão, e, no trajeto de volta o Dodo sempre cismava de não querer pagar a passagem, então ele se pendurava fora do trem quando o condutor se aproximava para conferir os bilhetes. Isso acontecia na junção de um vagão e outro, onde havia uma portinhola de proteção para algum passageiro que estivesse transitando por ali. O Dodo ficava do lado de fora, atrás da portinhola e o pessoal do lado de dentro logo se apressava em ficar com os bilhetes na mão e apresentá-lo ao condutor, impedindo-o de se aproximar da portinhola e descobrir nosso colega. Aliás, nem deveria passar pela cabeça dele que alguém fosse arriscar a própria vida para economizar Cr$ 5,00 (cinco cruzeiros) que era o dinheiro e o preço da passagem à época. Isto aconteceu várias vezes. Doutra feita, durante a viagem de volta da cidade de Garcia, no estado de Mato Groso do Sul, onde fomos jogar, o trem estava passando pela cidade de Arapuá, também no mesmo estado, onde estava acontecendo um jogo de futebol em um campo à beira da linha férrea, quando o Dodo foi gritar alguma coisa para os jogadores e ao abrir a boca sua dentadura caiu e naturalmente que o maquinista não ia parar apenas para pegá-la e ele teve de ficar alguns dias só tomando sopa até fazer uma “perereca” nova. Durante os anos em que funcionou um baile de forró na sede do clube, o Dodo colaborou atendendo no bar. Trabalhou como charreteiro e atualmente era carroceiro. Essas são apenas algumas das proezas dele nessa sua passagem pela terra. Como eu disse no começo, o Dodo Zanuto morreu na terça-feira passada, dia 9 de maio, aos 60 anos de idade, vitimado por uma doença cruel e fatal. 

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