Classificados

VÍDEOS

Penápolis no programa Cidade contra Cidade do SBT em 1989
Residência pega fogo em Penápolis

CLIMA

Tempo Penápolis

fale com o DIÁRIO

Fone Atendimento ao assinante & comercial:
+55 (18) 3652.4593
Endereço Redação e Comercial: Rua Altino Vaz de Mello, 526 - Centro - CEP 16300-035 - Penápolis SP - Brasil
Email Redação: redacao@diariodepenapolis.com.br
Assuntos gerais: info@diariodepenapolis.com.br

ESPORTES

14/03/2021

CANTINHO DA SAUDADE

Imagem/Arquivo Pessoal
Detalhes Notícia

Memórias do Carboni: Coisas que perdemos

Há alguns anos atrás, quando Penápolis era, a bem da verdade, metade do tamanho de hoje, possuía coisas que cidades da região não possuíam. Com o passar do tempo, a cidade cresceu geograficamente e populacional, só que não conseguiu manter ou melhorar esses benefícios. Hoje, que faríamos jus a essas coisas, não as temos. 
Quando o aeroporto ainda era no local onde hoje é o Mutirão, tinha uma empresa de aviação civil de passageiros, a Real, que regularmente pousava aqui para o embarque e desembarque de passageiros. Quando o avião se preparava para aterrizar, a molecada da redondeza se aproximava do hangar para ganhar das aeromoças os lanches que sobravam do vôo. Havia também um posto de abastecimento de combustível, único na região. Tinha uma empresa para o transporte de mercadorias, a Sadia, com sistema de carga e descarga. Um dia um avião dessa empresa, ao manobrar, afundou em um formigueiro, que demandou grande esforço para tirá-lo do buraco e como não houve manutenção ou melhoria do local, a empresa encerrou suas atividades por aqui. Logo a empresa de passageiros e o posto de combustíveis também se foram, atraídos por outras cidades, com melhores condições. 
Hoje, temos um aeroporto com longas pistas asfaltadas e terminal de passageiros, nenhuma empresa de passageiros ou de cargas tem filial aqui e nem posto de combustível funciona, pois o único que lá tinha também fechou. Tínhamos também a FAIPE (Feira Agroindustrial de Penápolis) que inicialmente era realizada no antigo campo do Japonês, cujo nome oficial passou a ser Joaquim Veiga Araújo e hoje é o Kai-Kan. Como o nome diz, havia a exposição de máquinas agrícolas e de animais, barracas de comes e bebes e apresentação de artistas famosos. Lá no antigo aeroporto foi reservada uma grande área para a realização de eventos e foi para lá que a FAIPE se mudou, com mais expositores de várias partes do país e que além de máquinas agrícolas havia a exposição de bois, cavalos, carneiros e avestruzes. Tanto produtores penapolenses como de outras cidades expunham seus variados produtos e também de plantas e flores. Havia parque de diversões, rodeio e a necessária apresentação de artistas famosos. Um dia, sem mais nem menos tudo acabou. Nesse local, só que há alguns anos, houve a realização de uma etapa do Campeonato Brasileiro de Motocross, que animou muitos penapolenses, tanto que tempos depois foi realizada uma disputa regional de motocross, mas que sem apoio também findou. 
O carnaval penapolense era famoso no Estado todo e durante alguns anos fez muito sucesso com seus desfiles de rua, mas quando seus organizadores resolveram dar uma parada, não apareceu ninguém para dar igual continuidade. Passou a ser realizado lá no recinto apenas com a apresentação de poucos blocos comandados por esforçados voluntários. Depois passou para a praça principal, agora apenas com músicas. O mesmo aconteceu com a festa junina que depois de mudar de lugar várias vezes também foi para o recinto com apresentações de quadrilhas juninas, fogueira, pau de sebo, variadas barracas, parque de diversão, e um dia, com a alegação municipal de conter custos, também foi para a praça, sem fogueira ou pau de sebo e com o povo apertado como sardinha em lata, já que o local não comporta esse tipo de evento. Hoje a Prefeitura está ocupando o espaço com outras atividades e havia até a intenção de acabar com o recinto e construir alguns barracões para aluguel ou venda. 

Porque tudo acabou?
Um pouco devido as crises econômicas que periodicamente atinge o país e muito pelo desinteresse de sucessivas administrações públicas. Se o recinto acabar e no futuro a situação melhorar, não teremos local para qualquer tipo de evento. 
Oficialmente o nome do recinto é Jandira Trench, mas no início teve outros nomes como Promopen, Fexpopen, Fenapen e um local que já foi palco de feiras, exposições, festas, circos e parques, hoje pode ser chamado de Nadatem.

(por MÁRIO CARBONI)

VEJA TODAS AS NOTÍCIAS>

© Copyright 2024 - A.L. DE ALMEIDA EDITORA O JORNAL. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do material contido nesse site.

Política de Privacidade