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08/07/2018

CANTINHO DA SAUDADE

Imagem/Arquivo Pessoal
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Memórias do Carboni: Quem pegou o pato?

Não, caro leitor(a) você não leu errado e nem o articulista ou o redator se confundiram ao escrever o nome do artigo. O nome é esse mesmo quem PEGOU o pato. Todo mundo já sabe quem PAGOU e continua pagando o pato, mas quem PEGOU ainda continua um mistério. Mas, afinal quem é o pato, o que fazia e onde morava? Vamos a uma pequena explicação. Meses atrás eu encontrei duas colegas de longo tempo que, como eu, estavam com suas bicicletas elétricas, sendo que uma delas carregava sua filha de 5 anos no suporte e na cestinha da frente tinha um patinho enrolado em um pano. Minha colega explicou que a filha se encantou com a avezinha e por isso a ganhara de presente de uma pessoa. O problema era que minutos após o entusiasmo da menina se transformou em medo e ela não queria nem chegar perto da ave e devido a isso, ela a mãe, perguntou se eu não queria. Primeiro confirmei o medo da menina e depois aceitei. Quando cheguei em casa, ele já ganhou o nome de Patolino, dado por meu neto. Em minha casa não temos gato, mas recebo a visita de vários deles que são moradores da vizinhança. Se eu soltasse o patinho no quintal (que é grande) por certo ele serviria de refeição para algum desses bichanos. Na impossibilidade de deixá-lo solto no quintal e de não ter um local apropriado para alojá-lo coloquei-o numa gaiola junto com o Jorge, que “morava” nela a quase um ano. Antes que eu me esqueça devo dizer que o Jorge era um porquinho da India, comprado em uma loja, que viera magro e pequeno e agora estava gordo e sacudido. Os dois animais são diferentes entre si, mas não havia motivo para um temer o outro, pois não são predadores ou carnívoros, só que o Jorge não entendia nada disso, pois se intimidou com o novo colega de quarto, demonstrou certo medo e contraiu uma tremedeira, e, daí a dois dias estava morto, talvez vitimado por um infarto e com esse desenlace, o Patolino ficou com o “quarto” só para ele. Com o tempo e com seu desenvolvimento corporal, o Patolino ficou numa situação que está muito em moda atualmente entre os empresários e políticos corruptos. Ganhou o direito de prisão semiaberta ou seja, ficava o dia inteiro solto no quintal e só voltava para a gaiola a noitinha, não sem antes dar um suadouro naqueles que corriam atrás para pegá-lo. Os patos são muito glutões e comem o dia inteiro e tem um metabolismo muito rápido e defecam dezenas de vezes. Mal o alimento entra por um lado e já sai por outro e com o Patolino não era diferente. Só que ele ficou muito mal educado, pois dava uma volta no quintal e vinha “passar o recado” na cozinha ou na área dos fundos da casa. Mal um monte era limpo e lá estavam mais dois ou três. E isso era o dia inteiro até que nos cansamos e resolvemos transferir o Patolino para outro endereço. O local mais apropriado era o lago do Parque Santa Leonor, onde já existiam várias aves. Numa tarde de quinta-feira lá fomos eu e meu neto levar o Patolino dentro de uma caixa de papelão. Entre dezenas de pombas contamos mais de uma dezena de gansos e dois patos. Gansos e patos tem seu próprio modo de ser e um bando não se mistura com outro. Quanto aos dois patos, um era recém saído da adolescência e o outro era um pato velho e manco. Quando soltamos o Patolino ele foi ignorado pelo pato velho manco, porém o mais novo demonstrou não ter gostado do recém-chegado e tentou dar-lhe algumas bicadas. Depois de alguns minutos pareceu-nos que entraram em acordo e no dia seguinte, sexta-feira, quando lá voltamos os dois já estavam “conversando” animadamente. Porém, no sábado e nos dois subsequentes o Patolino não foi mais visto. O primeiro pensamento foi achar que ele tenha tentado se envolver com os gansos e ser por eles eliminado, mas descartamos essa hipótese. No máximo ele levaria algumas bicadas e cairia fora. Seus dois colegas não chegariam a tanto. Vasculhamos o local e não encontramos o corpo e então chegamos a conclusão de que alguém PEGOU o pato, pois ali tem grande trânsito de carros, ciclistas e pedestres e a área é aberta. Só que aconteceu um fato interessante. O pato velho manco se revelou que na verdade era um ganso, que por algum motivo estava meio que desesperado, mas voltou ao seu bando e circulava com ele pelo parque. O pato novo também sumira, talvez levado pela mesma pessoa que levara o Patolino. Como naquela época os patos e gansos e as pombas ainda não tinham recebido nenhuma ordem de despejo, o certo é que foram roubados. No começo nossa esperança era que o Patolino tivesse o mesmo comportamento que tenha em minha casa e desse o mesmo trabalho que deu a nós e que a pessoa que o levou se cansasse e resolvesse devolvê-lo. Como já faz um bom tempo e o Patolino tenha se desenvolvido, provavelmente ele tenha servido de enfeite em uma travessa de macarrão. 

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