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07/10/2018

CANTINHO DA SAUDADE

Imagem/Arquivo Pessoal
Detalhes Notícia

Memórias do Carboni: Jogo em Garcia - parte 1

Um colega nosso de longa data, de nome Wilsinho, filho da Dona Maria do quentão, trabalhava na estação férrea de um lugarejo chamado Garcia, no Estado de Mato Grosso do Sul, mais ou menos 80 km adiante da cidade de Três Lagoas. Um dia ele veio visitar parentes aqui em Penápolis e ao nos encontrarmos ele perguntou se eu aceitava levar o time do Fátima para fazer uma partida amistosa lá em Garcia. Como há alguns anos atrás nós já tínhamos tido a felicidade e oportunidade de fazer uma aventura semelhante, indo jogar em Ribas do Rio Pardo, que era bem mais longe, é claro que aceitei de pronto e marcamos para o dia 8 de agosto de 1982, um domingo. Eu marquei o jogo e a data sem consultar ninguém, pois tinha plena confiança que os colegas não me decepcionariam. Dito e feito, pois quando o pessoal ficou sabendo foi uma grande euforia e todos ficaram entusiasmados com a idéia de ir jogar em outro Estado, e o que era melhor, iríamos de trem. Ao anoitecer do sábado, véspera do jogo, lá estava a turma quase completa na plataforma da estação, ansiosos esperando o trem, que se não houvesse nenhum atraso, chegaria às 19h15. Nem todos iriam, pois alguns apresentaram as mais diversas desculpas para disfarçar o medo, mas o grosso da tropa estava presente. Haveria somente um jogo, mas o que incentivava o pessoal não era o jogo em si, mas a oportunidade de fazer algo diferente, conhecer um Estado diferente e fazendo um passeio super legal. Éramos umas 20 pessoas. Pouco antes de partirmos veio a notícia dando conta que o Picareta estava envolvido em uma briga em um bar defronte a estação, então o Pico e mais alguns correram para lá, mas logo verificaram com alívio que tudo era apenas um pequeno desentendimento entre o nosso colega e um elemento supostamente “mão leve”. Todos na estação novamente e eis que o trem aparece lá na curva após a Blocinco. É um pouco distante do local onde estávamos, mas o forte farol e um apito não deixavam nenhum dúvida. Nem bem a composição parou e todos pularam dentro, talvez com medo de ficar para traz. Alguns da turma nunca tinham andado de trem, então para eles foi a maior novidade e com certeza bem agradável. O pessoal se espalhou pelo trem, mas a concentração maior ficou no próprio vagão na qual subimos. Minutos após ouvimos os sinais convencionais entre o maquinista e o chefe da estação e dando dois breves apitos, o trem reiniciou sua viagem, mas que para nós era o início. Não demorou muito para o pessoal começar a aprontar. O Picareta subiu e deitou no bagageiro, mas o condutor do trem, aquele funcionário encarregado de conferir as passagens após cada parada, anunciar a próxima estação e zelar pelo bom comportamento dos passageiros, não gostou nem um pouco do que viu e acabou com a graça dele, mandando que descesse imediatamente. O que chamou a atenção foi que o pé do Picareta estava tão sujo e foi motivo de gozação por vários quilômetros. O Dinho Mendonça estava clandestino no trem e a cada passada do condutor conferindo as passagens, ele se escondia. Conseguiu enganar a fiscalização até a cidade de Três Lagoas, quando foi pego e teve de pagar sua passagem desde Penápolis e ainda levou uma multa pela infração. O Baixinho levou uma pequena gaita de boca e pelo motivo de ninguém saber tocar corretamente, a lenga lenga às vezes até se tornava insuportável para todos. Depois de muito tempo, alguma alma caridosa resolveu colaborar e a gaita sumiu misteriosamente e definitivamente para alívio geral. No próximo artigo a continuação da história. A foto é do time do Fátima lá no campo de Garcia. 

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