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ESPORTES

05/03/2017

CANTINHO DA SAUDADE

Imagem/Arquivo Pessoal
Detalhes Notícia

Memórias do Carboni: TRAVESSIA PERIGOSA

Quando da nossa primeira ida ao Matão dos Marianos fomos no caminhão do Wilsinho. Tinha sido uma semana de muitas chuvas, inclusive, aquele domingo amanheceu chuvoso, sugerindo até que não haveria jogo, mas, o caminhão foi lotado de jogadores e torcedores. Uma mulher e sua filha adolescente ficaram sabendo da nossa viagem e pegaram carona para rever parentes lá no Matão. Com sol ou com chuva o comportamento da turma era sempre o mesmo, ou seja, alegria. Quando já estávamos bem perto de nosso destino, deparamos com um grande problema: uma ponte que estava quase que totalmente destruída pelas chuvas, principalmente a da noite anterior. Parecia um obstáculo intransponível. Tínhamos duas opções: voltarmos para casa sem jogar ou descer do caminhão e percorrer a pé os cerca de 500 metros até o campo. Só que o motorista Wilsinho preferiu uma terceira opção, ou seja, transpor a ponte com o caminhão. Muita gente achava difícil, pois o que restava nem podia ser chamada de ponte, pois consistia em duas grossas toras estendidas de uma margem a outra do rio e algumas tábuas sobre elas, quase todas quebradas. Só que a distância entre as toras era praticamente igual ao vão entre as rodas do caminhão, o que deu segurança ao Wilsinho. Ele mandou descer todo mundo, só ficando as duas mulheres na cabine e o nosso goleiro Alceu na carroceria. Ninguém conseguiu demovê-lo a descer. Ele estava embirrado porque perdera seu lugar na cabine para as mulheres e para deixá-lo ainda mais nervoso, tinha um componente da nossa turma que foi daqui da cidade até lá onde estávamos chacoalhando uma latinha de cerveja com várias pedrinhas dentro e bem ao lado do Alceu. Quando o pessoal começou a descer do caminhão, ele perdeu a paciência de vez e pegou a latinha das mãos do rapaz e jogou-a no rio, o que causou risos de todos, inclusive do dono do objeto. O Alceu não era uma pessoa irritadiça ou chata, mas, naquele dia ele estava diferente. Começou a perigosa travessia e qualquer deslize seria fatal. O rio não passava de um riacho, mas, o leito era bem pedregoso e a altura da ponte bem grande. Depois de alguns minutos de apreensão, o veículo chegou do outro lado, recebendo grandes aplausos. Depois foi a vez do pessoal atravessar, uns com facilidade e outros tremendo de medo. Chegando ao campo, fomos bem recebidos, principalmente, porque o povo de lá achava que não iríamos, pois o tempo estava bem ameaçador. Durante o jogo aconteceu uma forte trombada entre dois companheiros nossos, ocasião em que o Frajola acertou uma cabeçada no Toizinho, pondo-o a nocaute, com o sangue a jorrar do nariz. Por sorte o dia estava fresco, o que facilitou sua recuperação. No mais tudo transcorreu normalmente. O tempo se fechava cada vez mais de grossas nuvens, prenunciando que viriam fortes chuvas. O dono do sítio não queria que viéssemos embora devido ao temporal que se avizinhava. Disse que poderíamos dormir em uma tulha, ninguém iria passar fome, pois mandaria fazer comida para todos, mas, educadamente recusamos. Nos preparamos para voltar e a travessia da ponte foi feita com os faróis acesos. Para a alegria do Alceu, as mulheres ficaram lá no bairro e ele veio na cabine. Como único fato da nota, foi que logo depois de transpor a ponte, nossa condução atolou e quase todo mundo desceu para empurrar, e, devido a um deslizamento das rodas no barro, escorregadiu o Tarzã, que por pouco não foi prensado contra o barranco. Valeu o esforço e o caminhão foi desatolado, mas, todo mundo ficou coberto de barro, dos pés a cabeça. Embarreados, mas felizes. 

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