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04/08/2019

CANTINHO DA SAUDADE

Imagem/Arquivo Pessoal
Detalhes Notícia

Memórias do Carboni: A equipe se reforça

A filial da equipe do Fátima Futebol Clube, cuja sede fica no plano espiritual ou como se diz popularmente, “do outro lado”, não para de contratar jogadores. Nestes últimos dias ela ganhou o reforço de mais três jogadores. No dia 16 de junho foi a vez do ponta-direita Cirssão; no dia 20 de julho foi o ponta-esquerda Wilsinho e no dia 30 do mesmo mês foi “contratado” o lateral-direito Dico. Dias atrás eu escrevi um artigo sobre o Cirssão e dessa vez vou prestar uma singela homenagem ao Wilsinho também com um artigo. No livro que eu publiquei há algum tempo tem várias referências sobre ele, mas não custa nada relembrar algumas delas. Ele possuía um caminhão e nunca se negou a pô-lo a disposição dos colegas. Houve um tempo em que o rio Bonito tinha dois lugares que eram muito propícios para nadar, conhecidos como Boiadeira e Corredeira, bem antes da construção da represa. Eram lugares populares com grande afluência de pessoas e nós também nos fazíamos presentes, algumas vezes com o tal caminhão. Numa dessas vezes, quando estávamos atravessando o rio Estiva, logo na saída da cidade, caiu a roda traseira esquerda do caminhão, provavelmente causado pelas trepidações da estrada de terra. Ninguém se machucou e enquanto o Wilsinho providenciava o conserto, ficamos nos distraindo nas matas ao redor, que hoje já não existem mais. Quando fizemos uma laje de concreto para um poço de água que abrimos lá no campo do Curtume, lá estava ele, o Wilsinho com seu caminhão para puxar a tal laje com uma corda, até o local correto, pois ela fora fundida ao lado do poço. Outro fato também narrado no livro, foi quando fomos jogar no bairro do Juritis. Era a primeira vez e não conhecíamos o trajeto, então o Rapadura se dispôs a ajudar só que ele também não sabia direito como ir. Na ida, com o dia claro, tudo foi mais ou menos bem, mas na volta, no escuro da noite, entramos em um curral sem saída e tivemos de dar meia volta. E quem era o motorista? Exato, o Wilsinho. De outra feita, quando fomos jogar também pela primeira vez no bairro do Matão dos Marianos, já estávamos quase chegando quando nos deparamos com um problema. Tínhamos de atravessar uma ponte de madeira, só que a mesma estava semi destruída por fortes chuvas que caíram durante a semana, aliás que ainda chovia naquele domingo. Havia duas alternativas: voltar para casa ou atravessar a pé a ponte e caminhar cerca de 300 metros até o campo. O esqueleto que sustentava a ponte consistia em duas grossas toras de madeira que cruzavam o rio com uma ponta em cada barranco. As tábuas que completavam a ponte estavam em sua maioria quebradas ou faltando. O Wilsinho mediu a distância entre as duas toras, mediu a distância das rodas do caminhão e concluiu que era possível atravessar o rio. Quando falo que mediu, foi com o olhometro, então foi uma medida pouco confiável. Mandou descer todo mundo e cuidadosamente foi em frente. Travessia perigosa porque a ponte era alta e o leito do rio era pedregoso, mas com paciência e habilidade chegou do outro lado. Após o jogo ainda chovia e o pessoal do Matão queria que passássemos a noite lá, mas não aceitamos. Devido a experiência de passar a ponte na ida, o Wilsinho se sentiu mais seguro para passar na volta e felizmente tudo deu certo. Wilson José Pereira, o Wilsinho, fez sua transferência no dia 20 de julho de 2019, aos 67 anos. Já o Dico ou Pedro Pagani jogou na lateral-direita por algum tempo e saiu para seguir a carreira militar. Era um bom camarada, educado e de bem com todos. No último dia 30 de julho ele passou para o plano espiritual aos 64 anos. Eles vão deixar saudades, mas tenho certeza que foram bem recebidos e acomodados e serão bem felizes onde estão agora. Na foto, Wilsinho é o primeiro a direita agachado.

 

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