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01/10/2017

CANTINHO DA SAUDADE

Imagem/Arquivo Pessoal
Detalhes Notícia

Memórias do Carboni: POINTS DA CIDADE

Toda cidade a medida que vai se desenvolvendo vai criando novos espaços de comércio, turismo e lazer. Novas amizades e ruas vão surgindo, novos bairros são construídos, velhos logradouros são remodelados e o que acontece é que muitas vezes o centro principal de algumas cidades vai mudando de lugar, ficando então aquelas denominações como Centro Velho, Centro Novo, etc ... Com Penápolis aconteceu o mesmo fenômeno e mesmo sendo considerada de médio porte a cidade já teve vários polos de atração. Antigamente, bem antes do meu tempo, o local preferido para se distrair era a Rua Adolpho Hecht, no trecho compreendido entre as ruas Irmãos Chrisóstomo e Ramalho Franco, mas que naquele tempo estas duas ruas tinham outros nomes. Havia um cinema e no local onde hoje é o conhecido Mercadão havia uma praça e nas fotos antigas pode-se ver um coreto de ferro, que hoje está na praça da Vila Aparecida. Depois o centro subiu mais um pouco e chegou a rua Luis Osório e na esquina dessa rua com a rua Barão do Rio Branco e que hoje se chama rua Ramalho Franco, foi construído o Cine São Benedito que juntamente com vários bares e padarias atraiam a população. Houve uma remodelação do local com a demolição do cinema e construção do Banco Santander, sendo que vários outros prédios também foram demolidos e reconstruídos para outras finalidades e o “point” mudou outra vez chegando a praça Carlos Sampaio Filho e era chamada de a “Praça” ou “Jardim” e até hoje é a maior e mais importante praça da cidade. O Fórum já estava na praça e ao lado dele havia um campinho de futebol, local que serviu para a construção do Cine São Joaquim que deu maior vigor a praça. Mas as atrações não pararam por aí. Em uma das esquinas da praça existia um salão de danças (Clube Corinthians) que promovia grandes bailes dançantes animados por famosos conjuntos musicais vindos de várias partes do Brasil. Do outro lado da esquina foi construída a Lanchonete Peralta, que fez grande sucesso visto que não havia nenhum estabelecimento do gênero por ali. Então vocês podem imaginar o resultado da somatória da praça, cinema, clube e lanchonete. Nas noites de sábado e domingo, o local ficava abarrotado de gente, tanto dentro como fora desses estabelecimentos. Naturalmente que as noites de domingo eram mais concorridas e das 19h00 até às 22h00 era muito difícil, quase impossível eu diria, achar um banco vazio para sentar. Era preciso ficar atento para o caso de algum ficar vago, porque quando isso acontecia havia uma grande correria para ocupá-lo. Eram bancos de granito e alguns rapazes tinham o costume de sentar no encosto do banco e com os pés no assento, mas, logo vinha o “seu Zico”, conhecido como “guardinha” chamar a atenção deles, que obedeciam prontamente. O grosso do movimento era quando acabava a missa das 19h00 do Santuário e o pessoal subia para o jardim. Como eu disse, a praça ficava superlotada. Quem não conseguia ou não queria sentar, ficava circulando. Havia duas rodas de circulação, sendo uma ao redor da fonte e outra em um perímetro maior, onde as moças desfilavam e mostravam seu vestido novo, penteado ou sapato novo até seu namorado novo. Algumas pessoas diziam, zombeteiramente, que na primeira roda, a de dentro, as moças eram socialmente mais elevadas, bonitas e sérias, já as da outra roda eram pobres, feias e não tão sérias, mas na verdade isso era só fofoca, pois as duas rodas eram bem homogêneas. Era raro o domingo em que a nossa turma não ia ao jardim e dificilmente éramos menos de 10 elementos, tais como, o Benê, Ademir Moreira, Oleo, Cassinho e outros. O legal dos homens era enviar para alguma menina um papel de bala, geralmente de hortelã, enrolado e com um nó no meio, simbolizando um beijo e demonstrando o interesse por ela. Engraçado que muitas vezes o interesse era mútuo e logo vinha a resposta na forma de um papel idêntico. Outra forma de paquerar a menina era passando a mão em seu cabelo, só que muitas não gostavam, mesmo porque alguns indivíduos chegavam a puxar o cabelo. Certa vez, algum da turma passou a mão no cabelo de uma menina que olhou para trás e disse ao Benê que só não lhe dava um sopapo de dó. Nosso colega eram bem tímido e quase chorou e depois disso já não ficava muito tempo perto de nós. Um grande transtorno era que em certas épocas do ano apareciam milhões de um inseto minúsculo apelidado de “lacerdinha”, que ao cair nos olhos causava grande ardor e vermelhidão. Após muitos anos, o “point” mudou de lugar, mas isso já é outra história. 

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