Brasil tenta reduzir vantagem da Argentina em campo neutro

Neste sábado, 11, Brasil e Argentina celebram 100 anos da maior rivalidade sul-americana bem distantes de casa. Em Pequim, no imponente Ninho do Pássaro, brasileiros e argentinos vão escrever mais um capítulo desse confronto, que, de acordo com dados da Fifa, contabilizam 36 vitórias dos hermanos e 35 para a equipe verde e amarela, tendo ainda 24 empates. O equilíbrio e a superioridade dos vizinhos também é refletida quando os confrontos são realizados em campo "neutro": 14 vitórias para eles, três empates e 10 triunfos do time canarinho. O último encontro foi um amistoso em junho de 2012, nos Estados Unidos. Messi fez três gols na vitória por 4 a 3 dos nossos rivais. Entre jogos de Eliminatórias, Copa do Mundo, Copa América, Copa Rocca, outros torneios de menor expressão e amistosos, Brasil e Argentina sempre mostraram técnica e muito vigor físico em campo. A primeira partida fora dos dois países foi realizada em 3 de outubro de 1917, em Montevidéu, Uruguai, na Copa América, e a seleção celeste saiu vitoriosa por 4 a 2. Pelo lado brasileiro, entretanto, o primeiro triunfo em campo neutro veio apenas em 5 de fevereiro de 1956. Curiosamente, também no Uruguai, na Copa América, mas com vitória magra: 1 a 0.  No maior torneio de futebol do mundo, Brasil e Argentina também já se enfrentaram fora de seus domínios. E a Seleção leva vantagem. Em 1974, a equipe comandada pelo técnico Zagallo venceu os rivais por 2 a 1, com gols de Rivelino e Jairzinho, com Brindisi descontando. No Mundial da Espanha, em 1982, o placar foi mais elástico: 3 a 1, com gols de Zico, Júnior e Serginho Chulapa, e Diaz marcando o de honra para os hermanos. Na Copa de 1990, entretanto, o sonho do título brasileiro ficou pelo caminho, quando Cannigia recebeu de Maradona e marcou para os argentinos. Vitória esta que inspirou o hit "Decime qué si siente", cantado pelos vizinhos no Mundial de 2014.  Na última década, Brasil e Argentina realizaram muitos jogos em campo neutro. Seja em Copa América, Copa das Confederações ou amistosos. Esta será a primeira vez que o Superclássico das Américas será disputado fora dos dois países. E o técnico Dunga tem boas recordações dos rivais. Assim que assumiu o comando da Seleção, em 2006, o treinador comandou a vitória brasileira sobre os vizinhos bem longe de casa. Em Londres, Elano marcou duas vezes e Kaká fechou o placar elástico. Os últimos confrontos, entretanto, mostram superioridade da equipe de Messi e cia. Em 2010, no Catar, o craque da camisa 10 marcou o gol solitário da Argentina sobre o Brasil. Em 2012, porém, o jogador do Barcelona, que já foi escolhido quatro vezes o melhor do mundo, foi ainda mais decisivo. Messi (três vezes) e Fernández ajudaram a seleção celeste a vencer os brasileiros por 4 a 3. Pelo lado do Brasil, Rômulo, Oscar e Hulk marcaram. Brasil e Argentina entrarão em campo a partir das 9h05 (horário de Brasília). O jogo, centésimo da história, cem anos depois, vale o troféu do Superclássico das Américas. A Seleção conquistou as últimas duas edições, em 2011 e 2012.