Argentina tenta evitar terceiro triunfo seguido do Brasil

Passados três anos desde a última edição da Copa América, Argentina e Brasil voltam a se encontrar na final do torneio, neste domingo, às 18h00, em Maracaibo, na Venezuela. Na decisão anterior, os brasileiros levaram a melhor e conquistaram o título nas cobranças de pênaltis. Desta vez, os argentinos, que também perderam para o Brasil a decisão da Copa das Confederações de 2005, prometem dar o troco e tirar a fama de freguês.

A Argentina chega para esta terceira decisão com a mesma badalação das anteriores: favorita, repleta de craques e com um futebol mais vistoso que o do Brasil. Contudo, a ambição dos hermanos é um pouco maior, por conta das recentes derrotas para o seu tradicional rival e ainda pelo fracasso na Copa do Mundo da Alemanha, quando também ostentavam a fama de favoritos.

Mesmo ciente de que o momento é favorável ao adversário, o técnico Dunga prefere não encher a bola da Argentina. “Podemos falar que ela é favorita pelos resultados, mas tudo será resolvido dentro de campo. Cinqüenta por cento de chance para cada um. Temos atletas vencedores em nosso grupo e os jogadores estão preparados para a final”.

Assim como a Argentina, o Brasil vive momento muito parecido com o das últimas decisões: vem de uma derrota para o México na primeira fase (como na Copa das Confederações), não conta com algumas de suas estrelas e tem apresentado um futebol que ainda não conseguiu conquistar a confiança da torcida Brasileira. Nas duas ocasiões, as principais ausências ficaram com os laterais Roberto Carlos e Cafu e com o atacante Ronaldo. Agora, as baixas ficam com Ronaldinho Gaúcho e Kaká. Desta vez, o Brasil também não poderá contar com Adriano, autor de um gol histórico, aos 48 minutos do segundo tempo, que levou a decisão da Copa América para os pênaltis. No entanto, a seleção conta com Robinho, que tem tido grande atuações com a camisa verde amarela e que segue na artilharia isolada da competição, com seis gols. Mas se o Brasil tem Robinho, a Argentina tem Messi. O pequenino atacante tem feito a diferença nas partidas e arrancado suspiros da torcida venezuelana com belos gols e muitos dribles. Mas o elenco argentino não se limita a Messi e ainda conta com outros velhos conhecidos da torcida brasileira, como os volantes Mascherano e Cambiasso e os meias Verón e Riquelme.

Com um elenco mais modesto que o da Argentina, Dunga apostou em um esquema mais ofensivo, com três volantes. Apesar de ter sido muito criticado durante toda a competição, o treinador conseguiu atingir o objetivo e levou a seleção à final. Sendo assim, o esquema permanecerá o mesmo para a grande decisão. A única dúvida fica na vaga do volante Gilberto Silva, suspenso com dois cartões amarelos. As opções são as entradas de Elano ou Fernando, o que será decidido apenas momentos antes da partida. Na Argentina, a principal novidade pode ficar com a entrada do artilheiro Hernán Crespo. O jogador sofreu uma lesão muscular ainda na segunda rodada, mas foi liberado pelos médicos da delegação nesta sexta-feira. Agora, resta saber se o técnico Alfio Basile irá optar pelo retorno do jogador ou pela manutenção do atacante Carlitos Tevez ao lado de Lionel Messi.

TIMES

Argentina: Abbondanzieri; Zanetti, Ayala, Milito e Heinze; Mascherano, Cambiasso, Verón e Riquelme; Messi e Tevez (Crespo). Técnico:Alfio Basile

Brasil: Doni; Maicon, Alex, Juan e Gilberto; Josué, Mineiro, Fernando (Elano) e Júlio Baptista; Robinho e Vágner Love. Técnico:Dunga