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ESPORTES

11/08/2015

Ana Tércia ministra palestra motivacional

Silas Reche
Detalhes Notícia
Ao final ela foi agraciada com uma camisa do Penapolense, entregue pelo preparador físico Portella

A atleta paraolímpica, a penapolense Ana Tércia, proferiu na tarde de sábado, 8, uma palestra motivacional aos jogadores e comissão técnica do Clube Atlético Penapolense. O encontro ocorreu no salão de convenções do Centro de Treinamento e ao final provocou uma forte emoção dos presentes. Um exemplo claro de superação, a atleta que já vestiu a camisa da Seleção Brasileira de Atletismo, por cerca de 40 minutos pôde transmitir aos presentes sua experiência de vida. De vida humilde, a atleta com forte deficiência visual, com garra e determinação conseguiu vencer na vida e, recebeu grande destaque no meio esportivo nacional e mundial. “Minha vida sempre foi baseada em superação. Nasci pobre, com pele escura, cabelo “ruim”, desempregada e, ainda por cima com deficiência visual. Tinha tudo para dar errado”, falou aos presentes. Com pouco recurso financeiro, a atleta lembrou da época em que para sobreviver trabalhava de diarista e faxineira, tão logo deixou a zona rural para morar em Penápolis. “Durante todos estes anos muitas pessoas boas, e outras más, fizeram parte de minha história. Ofereceram-me droga e a prostituição, mas, apesar da grave situação, sempre tive em mente vencer na vida”, relatou. Em certa ocasião, com grave depressão, chegou até a pensar em dar cabo à própria vida. A vida começou a mudar quando Ana Tércia passou a praticar natação com as professoras Alba e Márcia. Com boa desenvoltura, começou a ganhar as provas que disputava. Em 2004 recebeu convite da prefeitura de Rio Preto para trabalhar no Instituto que cuida de pessoas com deficiência visual. “Até então eu não aceitava a situação de ser cega. Com apoio psicológico comecei a estudar braile. A partir de então tudo mudou”, lembrou. A boa desenvoltura nas piscinas a levou a ser convidada a representar São José do Rio Preto nas competições. O bom porte físico chamou a atenção dos técnicos que a convidaram a participar também do atletismo. “Achei um absurdo. Mal conseguia andar, como poderia correr?, imaginei”. Só então descobriu que os atletas correm com um guia e a partir dos Jogos Abertos em Botucatu o mundo se abriu para ela. “Eu queria ser alguém e com muito sacrifício consegui reconhecimento no Brasil e exterior”, relatou. Detentora do recorde na modalidade 4x400, representou o Brasil nas Para-olimpíadas em Pequim, onde ficou entre as 10 melhores, dentre outras conquistas, como o recorde brasileiro de salto a distância. Paralelamente na vida pessoal começou a estudar, tendo se formado em fisioterapia e massoterapia. “As pessoas com deficiência visual contam com a sensibilidade maior nas mãos, o que me favorece muito”, reconheceu. A partir de 2012, com algumas lesões pelo corpo, não conseguiu embarcar para Londres, onde representaria o Brasil em outras competições. Atualmente ela treina o triatlo (competição que reúne o atletismo, ciclismo e natação), após se surpreender ao vencer uma competição em Caraguatatuba, mesmo sem ter se preparado adequadamente e utilizar equipamentos inferiores aos demais concorrentes. Ao final ela foi agraciada com uma camisa do Penapolense, entregue pelo preparador físico Portella.

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