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CARTA DO LEITOR

09/02/2021

Se o Brasil fosse líquido

Mal raia o dia e já está na mesa o café da manhã, com açúcar, pão, manteiga, com recomeço e outros insumos de nutrir o corpo e a alma. Desse café também nasceu o “café da tarde”, refeição que no meio do corre propõe um momento de conforto e um convite discreto á filosofia do dia a dia.“Se os brasileiros dizem café da manhã, os franceses dizem “petit dejeuner”, traduzido ao pé da letra como “pequeno desjejum”, trazendo a sinergia incorrigivelmente romântica e francesa de acordar o corpo para o dia. Para os estadunidenses, o café da manhã é simbolizado por uma palavra sagaz: “breakfast”, (também) ao pé da letra traduzida como “pausa rápida”, expressão que veste justamente um povo que pauta o tempo da vida no ritmo do trabalho.“De maneira análoga, o café de todos-os-dias anda em consoância com a história do Brasil, sendo parte que compõe a própria estrutura desse enredo no que tange a números e palavras. Assim, culturalmente falando, o café criou pois dele não se sustenta uma nação sem que não haja mãos para cultivar e colher. Mãos pretas, indígenas, brancas, migrantes e imigrantes, mãos exploradas que carregaram e constituíram um país de commodities, e que sentiram as dores do café sem nunca deixar de apreciar seu sabor - carregando, não ironicamente, feito a nosso modo, um doce amargor. Essas mãos, do café, plantaram o que hoje chamamos de Brasil. “Diferente do jantar e do almoço, substantivos neutros que abrem a porta a interpretação do comer livre e diverso, o “café da manhã” e o “café da tarde” são  identitários, e carregam em cada sílaba de segundo uma graça que não perde a força, característica do ser-brasileiro e, antes disso, do ser-latinoamericano.

por Ana Luiza Bastos Lira, estudante, Penápolis/SP, por e-mail

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