10/03/2019

Cinzas...
...e o momento Quaresmal

Na mémoria litúrgica da história de Jesus cuja mãe Maria – moça pobre, casta – escolhida pelo Deus vivo – o salvador do mundo!...E Maria já prometida a José da Galileia – o carpinteiro – casara-se logo.
E na espera desse auspicioso advento, soubera de Isabel – sua prima já envelhecida e infecunda – esperava um filho. Subira assim o morro – ao seu encontro – e ao se verem – estremecera profundamente seus ventres!...Nada mais seria que João Batista – o precursor de Jesus Cristo – batizado por ele, nas águas do rio Jordão nas suas jornadas parabólicas que aconteceriam nas cidades, nas águas a beira do rios, nos desertos distantes...Ao voltar – prometera que acenderia uma fogueira – no pé do monte avisando seu acontecimento. Mas José já esperava-a atrasada de uma longa viagem a Judéia – a chamado do censo romano – locupletado de suas exigências ricas. É chegada a hora de Maria que sobre um jumento lerdo – puxado por José muito caminhara e chegaram. A cidade lotada, José acomodara-a nas palhas aquecidas de uma manjedoura fora da urbe e junto dos animais. E Jesus nascera! Iluminado pela estrela de Belém que os seguira quando um galo cantara longamente e a fogueira lá no morro – que Maria deixara acendera-se só. Seria esse o primeiro milagre de Jesus, esse menino Deus? Que ficara na memória cristã de seus fiéis cristãos santos e pecadores...Qual fênix – a ave queimada pecadora – que renascera da própria cinza e voara longe, muito longe até a uma constelação austral e lhe deixara o seu nome; na então memória mitológica dos tempos e que os homens ainda guardam em suas lembranças no renascer de um mundo melhor.

Maria Cândida Virgílio Galli - Vó Maria, Penápolis/SP, por e-mail